O mercado financeiro encerrou a sexta-feira (15/03) em clima positivo, com o dólar em queda e a Bolsa brasileira em alta. A moeda norte-americana recuou 1,00%, fechando a R$ 5,74, após atingir R$ 5,71 durante o pregão. Já o Ibovespa, principal índice da B3, avançou 2,64%, alcançando 128.957 pontos, o maior nível do ano.
A alta dos ativos brasileiros acompanhou o cenário positivo nos mercados globais. O índice DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, caiu 0,09%, enquanto moedas de países emergentes, como o peso mexicano, também se valorizaram.
Bolsas internacionais em alta
As bolsas europeias fecharam o dia com ganhos, impulsionadas pelo avanço das negociações políticas na Alemanha. O índice Stoxx 600 subiu 1,11%, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, ganhou 1,05%, e o DAX, de Frankfurt, avançou 1,86%. O movimento de alta ocorreu após relatos de um acordo entre o futuro chanceler alemão, Friedrich Merz, e o Partido Verde para investimentos em infraestrutura e defesa.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street também tiveram forte recuperação. Por volta das 15h30, o Dow Jones subia 1,30%, o S&P 500, 1,60%, e o Nasdaq, 2,00%. Analistas atribuem o avanço à redução da pressão do presidente Donald Trump sobre a imposição de tarifas de importação.
Leia mais
David Reis deixa sessão plenária para ir à Audiência no Ministério Público sobre o concurso da CMM
Camex reduz a zera imposto de importação para carnes bovinas e outros produtos; veja a lista
China impulsiona otimismo global
Outro fator que animou os investidores foi o anúncio do governo chinês sobre medidas para incentivar o consumo, incluindo estímulos ao crédito e maior incentivo ao uso de cartões de crédito. A expectativa de novas políticas para impulsionar o consumo interno beneficia países exportadores de commodities, como o Brasil.
Ibovespa impulsionado por Petrobras e Vale
Na B3, ações de peso tiveram forte valorização. Por volta das 16h, os papéis da Petrobras avançavam 4,27%, impulsionados pela alta no preço do petróleo, enquanto as ações da Vale subiam 3,10%, acompanhando o avanço do minério de ferro. Bancos também registraram ganhos: Itaú (+3,64%) e Bradesco (+3,65%).
Superávit fiscal recorde no Brasil
No cenário interno, os investidores repercutiram os números das contas públicas. Segundo o Banco Central, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 104,09 bilhões em janeiro, o maior da série histórica iniciada em 2002. O resultado reforça a confiança dos investidores na economia brasileira.