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Movimentação política que envolve União Brasil tem seis meses de validade

Indicação de Joana Darc para secretaria envolve as pretensões eleitorais do União Brasil e a desincompatilização em 2 de abril do próximo ano
Movimentação política que envolve União Brasil tem seis meses de validade

(Fotos: Divulgação)

Toda a movimentação política decorrente da indicação e nomeação da deputada estadual Joana Darc (União Brasil) para a secretaria de Estado da Proteção Animal (Sepet) tem prazo de validade de seis meses, uma vez que todos os envolvidos são pré-candidatos nas eleições de 2026.

Pelo Código Eleitoral, Joana Darc precisará se desincompatibilizar em 2 de abril do próximo ano. A saída de cargos executivos é uma exigência da legislação para garantir paridade de armas entre os candidatos.

A saída agora de Joana da Aleam mexe com a vereadora Professora Jacqueline (União Brasil), primeira suplente da deputada. De acordo com a Lei Orgânica do Município de Manaus (Loman) e o Regimento Interno da Câmara Municipal de Manaus, a vereadora precisa se licenciar do cargo para assumir a vaga na Aleam.


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Câmara Municipal ou SEC, a dúvida de Caio André

Na CMM, a saída de Jacqueline abre a possibilidade de convocação do primeiro suplente dela, o atual secretário de Estado da Cultura e ex-presidente da Casa, Caio André (União Brasil), que precisa deixar o cargo de secretário também em 2 de abril se quiser disputar as eleições.

Se ele decidir ir para a CMM, o governador Wilson Lima (União Brasil) teria de indicar um novo titular para a SEC.

Joana, Jacqueline e Caio são naturalmente candidatos nas eleições de 2026. Inicialmente eles são candidatos a uma vaga na Aleam, mas há informações de bastidores indicando que Joana entrará na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados, deixando a disputa pela cadeira de deputado estadual para o marido, o vereador Aldenor Lima (União Brasil).

A deputada, que ganhará uma visibilidade extra pelos próximos seis meses na Secretaria de Proteção Animal, foi eleita pela primeira vez vereadora em Manaus com 3,2 mil votos, em 2016. Em apenas dois anos de mandato na CMM, ela chegou a Aleam com 27 mil votos, número que lhe garantiu a 18⁠ª posição entre os 24 deputados eleitos.

Quatro anos depois, Joana Darc foi a segunda mais votada para a Alleam, com 87 mil votos, votação superada apenas por Roberto Cidade (União), com mais de 100 mil votos nas eleições de 2022. Portanto, com esse expressivo crescimento, há uma sinalização de que ela vá disputar uma vaga em Brasília, e, portanto, deixará a secretaria em 2 de abril.

A decisão vai desalojar Jacqueline da Aleam, que voltará a assumir o mandato de vereadora em Manaus, tirando assim o suplente Caio André do posto. Antes, ela aproveitará a exposição estadual que uma vaga de deputado na Aleam proporciona, cumprindo e acompanhando agendas em municípios do interior e estreitando laços com lideranças que podem lhe ajudar numa eleição dura, como é a de deputado estadual.

Caio André ainda não decidiu se assumirá a CMM, uma vez que tem muito mais poder de fogo eleitoral no comando da SEC, pasta que organiza festivais, shows populares, o especial de Natal, que movimenta um orçamento robusto e garante contato com o eleitorado do interior do Estado, o que pode ajudar numa eventual candidatura em 2026.

Se assumir a vaga na CMM, ele sai a partir do movimento que Joana Darc tomar em abril, mas sem garantia de que retornaria para uma secretaria estadual, a SEC ou outra qualquer. Até porque não é certo que Wilson Lima estará lá no comando do governo, pois ele também é eventual candidato ao Senado.