“Eu tive que construir o meu caminho sozinho, sem a ajuda dele”, diz David Almeida ao relembrar relação com Omar Aziz

(Foto: Divulgação)
Durante entrevista coletiva com a imprensa nesta terça-feira (23/12), o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), comentou publicamente detalhes sobre trajetória política em relação com o senador Omar Aziz (PSD). Ele relembrou alianças eleitorais desde 2008, o rompimento político em 2017 e o apoio dado ao senador na eleição de 2022, afirmando que construiu seu caminho “sozinho” e sem ataques pessoais.
“Em 2008, eu era do partido do senador Omar Aziz, ele foi candidato a prefeito de Manaus, não chegando ao segundo turno, vão anotando, estava com ele. Em 2010, ele foi candidato ao governo do estado do Amazonas, nós estávamos juntos e eu era do mesmo partido dele, inclusive virei líder na Assembleia, vice-líder e depois líder. Em 2012, o PSD apoiou a candidatura do Marcelo Ramos, indicando o Josué Neto para ser o vice dele”, disse ao informar que permaneceu alinhado politicamente a Omar Aziz.
Ao relembrar o rompimento, o prefeito afirmou que a relação política foi encerrada em 2017, quando era presidente da Assembleia Legislativa e governador interino.
“Quando chegou em 2017, eu era o governador interino e presidente da Assembleia e eu era do partido do senador Omar Aziz. Ele chegou e disse, olha, você não vai ser candidato, eu vou dar o partido para o Amazonas, simplesmente isso. E eu, com chance de ganhar a eleição no primeiro turno. Eu falei para ele que eu não concordava, que ele estava errado e eu me afastei dele”, declarou.
Almeida afirmou que, mesmo com menos estrutura, disputou o Governo do Amazonas em 2018.
“Eu tinha o menor tempo de TV dentre aqueles ali, os candidatos ao governo. Fiquei em terceiro lugar, com quase 24% dos votos”, afirmou.
Já em 2020, segundo ele, venceu a eleição para a Prefeitura de Manaus sem o apoio de Omar Aziz ou de outros senadores.
“Eu tive que construir o meu caminho sozinho, sem a ajuda dele”, disse.
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Sobre a eleição de 2022, o prefeito destacou que decidiu apoiar Omar Aziz ao Senado pensando no interesse do Estado.
“Já em 2022, ele foi candidato ao Senado. Eu penso muito grande, eu não penso em mim, eu penso no Estado, eu penso na cidade. Em 2022, eu fui orientado por todas as pessoas que me cercavam a não apoiá-lo para o Senado. E ele ganhou, acho que com 2% de diferença de votos. Eu tive 55% dos votos em Manaus. Eu acredito que eu deva ter sido importante nessa eleição dele. Eu disse, não, ele é muito importante. Senador Omar é um dos senadores mais influentes da República e o Amazonas precisa dele. E eu apoiei ele pensando no Estado, não pensando em mim”, declarou.
O prefeito também revelou um episódio que, segundo ele, nunca havia tornado público.
“O senador Omar Aziz me ofereceu a primeira suplência na sua chapa de Senado. Ele queria que a minha irmã (Dulce Almeida) fosse a primeira suplente. Eu falei para ele, não, senador, eu acredito que o senhor precisa dessa vaga para negociar o apoio do PT no interior do Estado, que é importante para a sua eleição. E eu prontamente, e ele estava precisando muito do meu apoio, e eu não coloquei a faca no pescoço dele, impondo nada para ele”, contou.
Almeida ainda negou qualquer sentimento de dívida política entre ambos.
“Eu não quero falar se ele me deve, eu acho que ele não me deve nada e eu também não devo nada a ele. O que eu devo a ele é respeito, gratidão por ele ter ajudado a cidade de Manaus e fica comigo quem quer e fica com ele quem quer, então, essa é a questão. Então, é sem ataques. Eu contei a história, cada um tire as suas conclusões. Se ele acha que eu devo a ele, eu acho que não. Então, cada um tire as suas conclusões, sem aqui apontar dedo na direção de ninguém”, disparou.
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