David Almeida rebate possibilidade de inelegibilidade: “Estão atirando no alvo errado”

Reprodução/ redes sociais @davidalmeidaam
Diante da repercussão de investigações, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou nesta quinta-feira (13/11) que não teme ser declarado inelegível e voltou a criticar o movimento político em torno da análise de suas contas como governador interino do Amazonas, em 2017.
Em entrevista durante essa manhã, Almeida disse que há uma tentativa orquestrada por um grupo reduzido de parlamentares para “atacar sua imagem”, mas garantiu que não há nenhuma base legal para torná-lo inelegível.
“Não vou ser candidato, estão atirando no alvo errado. Vamos aos fatos: eu fui governador do Estado, mas a própria Assembleia disse que eu não fui. Em 2013, aprovaram uma emenda dizendo que o Melo foi governador, o Amazonino foi governador, o Eduardo foi, mas o David não. Me tiraram até o direito à segurança. Agora, dizem que eu fui governador e querem me deixar inelegível por causa das contas”, declarou Almeida.
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O prefeito destacou que as contas do período em que exerceu o governo interino foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) e que não existe precedente jurídico no país em que a Assembleia Legislativa rejeite contas já aprovadas pelo órgão técnico.
“O Tribunal de Contas tem mais de mil servidores, técnicos, auditores que analisam tudo. As minhas contas foram aprovadas. Não existe precedente no Brasil de um órgão de controle aprovar e a Assembleia reprovar. É o contrário que acontece normalmente. O que estão fazendo é como o ‘poste fazendo xixi no cachorro’. É um absurdo”, ironizou.
David Almeida também citou a legislação eleitoral ao afirmar que só fica inelegível o gestor que tiver contas rejeitadas por irregularidades graves e comprovado desvio de recursos públicos, o que, segundo ele, não se aplica ao seu caso.
“A lei é clara, fica inelegível o gestor que tiver suas contas rejeitadas pelo órgão de controle, por desvio de recursos com dolo evidente. Não é o meu caso, nem o do Melo, nem o do Amazonino. O que existe é uma mobilização de uns ‘petelecos’, uns teleguiados, querendo me atingir”, disse o prefeito.
Em tom de desabafo, o chefe do Executivo manauara afirmou que não vai aceitar ser alvo de “fogo amigo” e sinalizou que pode rever alianças políticas para o pleito de 2026.
“Eu já declarei meu apoio, mas retiro se esses candidatos estiverem ligados a quem me ataca. Não vou ser vítima de fogo amigo ou de pessoas invisíveis. Isso nunca aconteceu na história da Assembleia Legislativa. É mesquinharia, é baixaria o que estão fazendo”, concluiu.
A declaração de David Almeida ocorre em meio ao debate sobre a análise de suas contas pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), referentes ao período em que ele assumiu interinamente o governo do Estado após a cassação de José Melo.
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