A Argentina anunciou que vai interromper a importação de frangos do Brasil. A decisão veio depois que a China e a União Europeia decidiram interromper a suspensão após a confirmação de um caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, em Montenegro (RS). O caso ocorreu na última quinta-feira (15/5).
A medida segue os protocolos sanitários internacionais e representa um impacto significativo para o setor avícola nacional, já que China e União Europeia estão entre os principais destinos do produto.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspensão por parte de China e União Europeia afeta todos os estados brasileiros, conforme informou Marcel Moreira, secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais da pasta, em entrevista ao G1.
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Entretanto, para outros mercados internacionais, o Brasil mantém acordos regionais, o que permite que as restrições se apliquem apenas à região afetada, no caso, o município ou o estado onde houve o foco da doença. Esse modelo é válido em países como Japão, Emirados Árabes, Reino Unido, Filipinas, Argentina e Arábia Saudita.
Ainda segundo Moreira, os próprios protocolos internacionais exigem que o Brasil suspenda preventivamente as exportações de frango assim que um foco de gripe aviária é identificado, antes mesmo de uma decisão formal dos países importadores.
A Argentina, por meio da agência sanitária Senasa, também bloqueou temporariamente a entrada de produtos e subprodutos de aves vindos do Brasil. Em nota, o órgão destacou que a medida é preventiva e permanecerá em vigor até que o Brasil retome o status de país livre da gripe aviária.
Mais cedo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, já havia confirmado a decisão da China de interromper a compra de frango brasileiro por 60 dias, conforme previsto no protocolo bilateral entre os dois países para casos de contaminação.
A detecção do vírus H5N1 em uma granja comercial acende um alerta para o setor produtivo, que agora reforça ações de biossegurança para evitar a disseminação da doença e retomar a confiança dos mercados internacionais.
*Com informações do G1.