O carnaval, um período de celebração e festa em todo o Brasil, é também um momento de grande movimento para os vendedores ambulantes, representando uma oportunidade de significativo faturamento.
“Carnaval é o nosso 13º salário”, diz a vendedora ambulante Maria do Carmo, conhecida como Maria dos Camelôs, fundadora e coordenadora-geral do Movimento Unido dos Camelôs (Muca). Maria dos Camelôs, com 49 anos de idade, há décadas vende caipirinhas em blocos de carnaval em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, e destaca a importância desse período para custear despesas como IPVA, IPTU, materiais escolares e até mesmo reformas domésticas.
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Outra vendedora ambulante, Cristina de Oliveira, de 56 anos, adaptando-se à demanda sazonal, muda seu foco de vendas para produtos carnavalescos durante o período de folia. Com experiência de mais de duas décadas nesse mercado, ela afirma que o carnaval é o melhor momento para ganhar dinheiro.
Apesar das oportunidades financeiras, os vendedores enfrentam desafios, especialmente a crescente concorrência nas ruas durante o carnaval. Maria dos Camelôs e Cristina apontam para um cenário de divisão dos lucros devido à presença de mais ambulantes nas ruas. Além disso, o processo de seleção de ambulantes para trabalhar nos blocos de rua gera insatisfação, pois os ambulantes recorrentes não têm prioridade.
Apesar das dificuldades, os ambulantes desempenham um papel fundamental no carnaval, sendo chamados por Maria dos Camelôs de “garçons da festa”, responsáveis por atender às necessidades dos foliões durante os eventos. No entanto, eles não desfrutam dos mesmos benefícios trabalhistas que um garçom convencional, como 13º salário ou carteira assinada.
A Riotur, responsável pela organização do carnaval no Rio de Janeiro, gerencia o cadastro e seleção dos vendedores ambulantes para o evento. No entanto, a demanda dos ambulantes por prioridade no cadastramento permanente não é atendida. A Secretaria de Ordem Pública (Seop) também realiza operações de fiscalização para garantir a ordem e coibir atividades ilegais durante o carnaval, incluindo a venda irregular de bebidas em garrafas de vidro.
*com informações da Agência Brasil