O vigilante identificado como José Francelino Moreira, de 47 anos, morreu vítima de atropelamento por um carro enquanto realizava ronda noturna no bairro do Brás, no centro de São Paulo. O caso ocorreu na madrugada de sábado (3/5) para domingo (4/5) e foi registrado por câmeras de segurança da região.
José trabalhava protegendo comércios populares contra furtos e invasões durante a madrugada. Por volta das 3h46 da manhã, ele foi atingido por um Chevrolet Celta vermelho, ocupado por um casal, na altura do número 465 da Rua Coimbra. Após o atropelamento, os ocupantes do veículo fugiram sem prestar socorro.
Imagens obtidas por câmeras de monitoramento mostram o carro circulando pelas ruas com o para-brisa destruído e o capô amassado. Um boné, identificado como sendo da vítima, permaneceu preso ao veículo após o impacto. Até o momento, os responsáveis pelo atropelamento não foram localizados.
Minutos após o acidente, um homem que passava pelo local se aproximou do corpo do vigilante, que estava inconsciente, e, em vez de acionar ajuda, furtou o celular da vítima.
José só foi socorrido mais de uma hora depois, por volta das 5h48, e levado à UPA da Mooca, já em parada cardiorrespiratória. Ele não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada às 6h. Segundo o boletim médico, apresentava cortes profundos, múltiplos hematomas no rosto e sangramentos, o que inicialmente levantou suspeitas de agressão.
A confirmação de que a causa da morte foi um atropelamento só veio após análise das câmeras de segurança. Ainda assim, a Polícia Civil não descarta que o vigilante possa ter sido agredido antes do acidente. O caso é investigado pelo 80º Distrito Policial (Belém) como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), além de lesão corporal e furto.