Tornado mobiliza governo a enviar ajuda a Rio Bonito do Iguaçu

O tornado que passou por Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na tarde de sexta-feira (7/11), foi classificado como EF3, com ventos de até 250 km/h, segundo o Simepar.

A Defesa Civil confirmou quatro mortes na cidade e mais de 130 feridos. Outra pessoa morreu em Guarapuava, elevando o total para cinco vítimas.

De acordo com o Simepar, a força do tornado foi definida após análise de radares, imagens aéreas e dos estragos. Casas perderam telhados, imóveis foram destruídos e postes caíram. Moradores registraram a destruição logo depois da passagem do fenômeno.

O meteorologista Samuel Braun explicou que o tornado surgiu dentro de uma supercélula, um tipo de tempestade que tem rotação de ar dentro da nuvem.

Segundo ele, o cenário estava muito favorável para o fenômeno: ar quente e úmido, além de ventos muito diferentes entre o solo e a parte mais alta da atmosfera, condição conhecida como cisalhamento.

O governo estadual enviou 30 bombeiros de várias cidades e mais 20 especialistas do grupo Gost, com cães de busca.

Equipes de saúde de toda a região ajudam no atendimento. Ambulâncias de Cascavel e Guarapuava foram deslocadas, e leitos extras já foram liberados para receber feridos.

O governo também montou uma base de coordenação em Guarapuava para agilizar o suporte. Além disso, aeronaves de resgate aguardam melhora no tempo para decolar.

Caminhões com cestas básicas, kits de higiene e materiais de abrigo começaram a sair de Curitiba ainda de madrugada.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que o governo federal deve liberar ajuda humanitária e reforçar ações de reconstrução.

Bancos de sangue da região já enviaram bolsas para atender os feridos, e o Hemepar está em alerta para novas remessas, se necessário.

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O Inmet emitiu três alertas vermelhos para o estado, por risco de chuva intensa e rajadas de vento que podem chegar a 100 km/h no litoral.

Ao menos 14 cidades relataram danos, como quedas de árvores, destelhamentos, interrupção de energia e estradas bloqueadas.

A CEEE Equatorial informou que cerca de 200 mil clientes ficaram sem luz, principalmente em Porto Alegre, Viamão, Guaíba, Capão da Canoa e Osório.

A rajada mais forte registrada nas últimas horas chegou a 95 km/h em Planalto, no Norte do estado.

Em algumas cidades, choveu muito em pouco tempo. Ilópolis passou de 155 mm em 12 horas; Anta Gorda teve 143 mm.

Várias regiões tiveram problemas em rodovias.

Na Serra, um deslizamento atingiu carros em Caxias do Sul, sem feridos. Na BR-470, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, o trânsito foi interrompido por risco de novos deslizamentos.

 

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A ponte sobre o Rio das Antas também foi interditada porque o nível da água subiu demais.

No Sul do estado, parte de um muro de contenção na BR-116 cedeu em Pelotas. O tráfego está restrito até avaliação técnica.

Previsão

O ciclone deve seguir atuando no litoral neste sábado, com mais chuva e vento forte na parte leste do estado.

No domingo (9/11), o fenômeno começa a se afastar e o tempo deve ficar mais estável, com menos chuva e temperaturas baixas ao amanhecer.