Depois de 50 dias separados por um oceano, o cão de assistência Teddy finalmente embarcou para Portugal, onde reencontrou Alice, uma menina autista não verbal de 12 anos.
Teddy chegou a Lisboa na madrugada deste sábado, 31/5. Para preservá-la, a família optou por não levar Alice ao aeroporto para recepcionar Teddy. Ela ficou em casa dormindo e a mãe o buscou.
O pai de Alice, o obstetra Renato Sá, celebrou o embarque de Teddy depois de toda a confusão envolvendo a companhia aérea TAP, que impediu três tentativas de embarque do animal.
“O Teddy finalmente embarcou. Estamos muito ansiosos, numa expectativa enorme pela chegada deles aqui em Lisboa. Mas, acima de tudo, isso representa a vitória de todas as pessoas com deficiência que, de alguma forma, viram seu direito ser garantido”, disse Renato Sá.
O animal foi acompanhado pelo treinador Ricardo Cazarotte em um voo da companhia aérea portuguesa TAP.
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Impasses
A família tentava levar o cão desde o dia 8 de abril, quando houve o primeiro impasse.
Inicialmente autorizada pela companhia, a ida do cão foi impedida no momento do embarque. Quando a família foi informada, a passagem comprada para Teddy havia sido cancelada 24 horas antes.
O argumento era de que a documentação do animal não seria aceita em Portugal.
A segunda tentativa ocorreu no sábado, dia 24 de maio. Os pais e a menina Alice já estavam em Lisboa. Teddy seria levado por Hayanne, irmã de Alice, que tinha uma ordem judicial e todos os documentos pedidos pela empresa anteriormente.
Desta vez, a alegação apresentada pela TAP foi de que o cão não poderia ser colocado junto com os passageiros, já que não estava viajando com a pessoa para quem presta assistência, ou seja, não estava em serviço.
Assim, a TAP informou que o animal deveria viajar no bagageiro, o que a família não aceitou.
Na terceira tentativa, também no sábado (24), antes mesmo de iniciar o embarque, a empresa obteve uma liminar autorizando a decolagem do avião sem a presença de Hayanne e de Teddy.
*Com informações do G1