Por que picolé e paçoca com creatina foram proibidos no Brasil?

Creatina é um suplemento usado por quem faz atividade física (Foto: Ilustrativa).
A creatina, popular entre praticantes de atividades físicas por aumentar força, resistência e disposição, não pode mais ser adicionada a produtos alimentícios no Brasil.
Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de um picolé de açaí, guaraná e canela com creatina e suspendeu também a comercialização de uma paçoca que continha a substância.
Apesar de ser naturalmente produzida pelo organismo e amplamente utilizada como suplemento por atletas, a creatina apresenta riscos quando incorporada a alimentos.
Segundo o médico Alexandre Torelli, especialista em medicina esportiva, essa prática impede o controle preciso da dose e pode provocar reações químicas nocivas.
Saiba mais:
Vereadores de Manaus fazem um minuto de silêncio pela morte de Benício Freitas
Emicida recebe título de Doutor Honoris Causa da UFRGS e celebra força da educação pública
No caso do picolé, o contato da creatina com a água resulta na formação de creatinina, composto prejudicial aos rins. “A decisão da Anvisa foi assertiva e correta”, afirma Torelli.
Ele lembra que o consumo excessivo, acima das doses recomendadas de 5 g diários para homens e 3 g para mulheres, pode sobrecarregar os rins e causar lesões. Em quantidades adequadas, porém, o suplemento é considerado seguro.
A orientação dos especialistas é clara: a creatina deve ser usada de forma isolada, como suplemento alimentar destinado a adultos, para que a quantidade ingerida seja controlada com segurança.
Assim, embora academias e esportistas continuem utilizando o pó branco para ganho de massa muscular e melhora de desempenho, alimentos industrializados que contenham creatina, como picolés e paçocas, estão oficialmente proibidos no país.
*Com informações do SBT News e DOL.






