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Investigação apura utilização de metanol em higienização de garrafas, diz polícia

As apurações começaram a partir do rastreamento das bebidas ingeridas pelas vítimas
Investigação apura utilização de metanol em higienização de garrafas, diz polícia

(Foto: Governo de São Paulo)

A Polícia Civil de São Paulo apura se casos recentes de intoxicação por metanol em bebidas destiladas estão relacionados ao uso da substância na higienização de garrafas reaproveitadas em fábricas clandestinas. Segundo informações divulgadas pela TV Globo, a polícia acredita que produtores ilegais estariam utilizando metanol, ou etanol adulterado com metanol, para limpar recipientes antes do envasamento de bebidas falsificadas.

As apurações começaram a partir do rastreamento das bebidas ingeridas pelas vítimas. A polícia percorreu bares e distribuidoras até chegar a pontos de produção clandestina. Há suspeita de que garrafas de marcas originais, descartadas de forma irregular, estariam sendo reutilizadas no processo de falsificação.

Até o momento, não há identificação dos responsáveis nem da origem do metanol, substância que não é comercializada no Brasil e que tem uso restrito à indústria química, como na fabricação de solventes.

Nesta sexta-feira (3/10), o Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo informou que criou uma força-tarefa para examinar as garrafas apreendidas em operações conjuntas com a Vigilância Sanitária. Mais de mil unidades foram recolhidas até quinta-feira (2/10); cerca de 250 já estão em análise no IC.


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O processo é dividido em duas etapas. Primeiro, peritos realizam a documentoscopia, avaliando selo, rótulo, lacre e vedação para verificar autenticidade. Em seguida, os frascos seguem para o Núcleo de Química, onde o conteúdo é submetido à centrifugação e análise laboratorial. Segundo o órgão, das dez amostras já examinadas, duas apresentaram resultado positivo para metanol.

A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que os laudos estão sendo encaminhados à Polícia Civil, responsável pela continuidade das investigações.

Diferentemente do etanol, usado na produção de bebidas alcoólicas comuns, o metanol é altamente tóxico ao ser metabolizado pelo organismo. A substância não possui cheiro, cor ou sabor característicos, o que facilita sua mistura ilegal. Os sintomas de intoxicação incluem alterações visuais, tontura, dor abdominal e dificuldade para respirar. Em casos graves, pode causar cegueira, falência de órgãos e morte.

Com a escalada de ocorrências em diferentes estados, o Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação nacional para coordenar ações com a Anvisa, órgãos de vigilância sanitária e ministérios da Justiça e da Agricultura.

*Com informações do G1.