Depois da revelação, ontem, de que as Forças Armadas aprovaram pregões para compra de 35 mil comprimidos de Viagra, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmaram hoje que vão acionar o Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito de um gasto de aproximadamente R$ 3,5 milhões em compras de próteses penianas infláveis pelo Exército brasileiro.
Ao todo, foram adquiridas 60 próteses, variando de 10 a 25 centímetros, em três pregões diferentes. Todos foram homologados no ano passado, segundo o Portal da Transparência e painel de preços do governo federal. Vaz afirmou:
“O questionamento que fazemos é: por que o governo Bolsonaro está gastando dinheiro público para pagar essas próteses? O povo brasileiro sofre para conseguir medicamentos nas unidades de saúde e um grupo é atendido com próteses caríssimas, de R$ 50 mil a R$ 60 mil a unidade”.
Leia mais:
Forças Armadas compram R$35 mil em comprimidos de Viagra
CPI do MEC perde assinaturas, mas senador diz que seguirá em busca de apoio
A respeito da compra de Viagra, remédio para disfunção erétil, a Marinha e o Exército afirmaram que se destinam a o tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar, “doença grave e progressiva que pode levar à morte”. Mas essa doença é rara e, segundo especialistas, há medicamentos mais indicados para o seu tratamento do que o Viagra.