A ex-deputada federal Cristiane Brasil usou o seu perfil no X, antigo Twitter, para acusar o padre Fábio de Melo de ser gay. Na publicação feita nesta quarta-feira (21/5), a ex-parlamentar chegou a afirmar que o religioso namorava um homem casado. Minutos depois, dada a repercussão, a postagem foi excluída do perfil.
Cristiane escreveu: “Esse aí tem que largar a batina urgente e assumir a vida sexual ativa e homossexual”. Ela ainda alegou que o padre estaria vivendo “em pecado há anos” e mencionou supostos relacionamentos do religioso, incluindo com homens casados na cidade de Petrópolis (RJ). “Sei nomes e tudo. Aliás, a fofoca era pesada”, completou.

A ex-parlamentar também publicou uma imagem de Fábio de Melo ao lado do advogado e escritor Gabriel Chalita, amigo próximo do padre, insinuando que ambos teriam um envolvimento amoroso. “Não tenho nada contra a orientação sexual de ninguém, mas não dá para viver essa mentira e ainda acabar com a vida dos outros e ficar dando uma de santo não!”, afirmou, criticando o que chamou de hipocrisia.
Após excluir a postagem, a ex-deputada fez uma última, insinuando que sua família foi alvo de xingamentos e críticas: “Não posso me pronunciar que minha família não tá mais aturando. Eu acho o Padre Fábio de Melo um hipócrita. Mas que se dane ele”.
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As críticas da ex-parlamentar podem ter sido motivadas pela recente controvérsia envolvendo o religioso, que foi acusado de causar a demissão de um gerente de cafeteria em Joinville (SC) após um desentendimento. Fábio de Melo, por sua vez, declarou que os ataques que vem sofrendo nas redes sociais são motivados por divergências ideológicas e políticas.

“Só sou eu quem estou me ferrando com isso. Eu e o cara que perdeu o emprego”, concluiu Cristina Brasil.
Quem é Cristiane Brasil?
Cristiane Brasil, ex-deputada pelo PTB do Rio de Janeiro e filha do ex-deputado Roberto Jefferson, tem um histórico de envolvimento em controvérsias. Em 2018, sua indicação ao Ministério do Trabalho no governo Michel Temer foi barrada pela Justiça devido a condenações em ações trabalhistas. Uma delas determinou o pagamento de R$ 60 mil a um ex-motorista.
Ela também foi alvo de investigações por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas durante a campanha eleitoral de 2010, quando assessores teriam negociado com criminosos para garantir exclusividade de campanha em comunidades cariocas. Em 2020, Cristiane chegou a ser presa preventivamente sob a acusação de participação em um esquema de fraudes em contratos públicos, que teria causado prejuízos de até R$ 117 milhões aos cofres do Rio.
Até o momento, padre Fábio de Melo e Gabriel Chalita não comentaram as novas declarações da ex-deputada.