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“Vai morrer polícia e bandido e o crime não vai acabar”, diz Oruam sobre megaoperação no RJ

Nas redes sociais, o rapper Mauro Nepomuceno, conhecido como Oruam, se manifestou e criticou a operação
28/10/25 às 21:55h
“Vai morrer polícia e bandido e o crime não vai acabar”, diz Oruam sobre megaoperação no RJ

(Foto: Reprodução)

Policiais civis e militares deflagraram, na manhã desta terça-feira (28/10), uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) em diversas comunidades do Rio de Janeiro. Até o momento, 64 pessoas morreram, entre elas quatro agentes de segurança. A ação, considerada uma das mais letais da história do estado, mobilizou forças em 26 comunidades, incluindo os complexos do Alemão e da Penha.

Nas redes sociais, o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, se manifestou e criticou a operação. Filho de Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, apontado como um dos principais líderes do Comando Vermelho e preso desde 1996, o cantor classificou a ação como uma “chacina”.

“Maior chacina da história do Rio de Janeiro”, escreveu Oruam em seu perfil no X (antigo Twitter).

Na noite desta terça-feira, Oruam voltou a se pronunciar no X, publicando a frase:

“Vai morrer polícia e bandido e o crime não vai acabar.”

A frase é verso da música “The Box Medley Funk 6”, colaboração do artista com os funkeiros Real Fuba, Didi, Luanzin e Victor Wao.


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A declaração gerou reações imediatas. Internautas responderam apontando que se tratava de um confronto entre criminosos e a polícia. “Confronto não é chacina”, escreveu um seguidor. Outro comentou: “Só tem dois caminhos para quem entra no crime: ser preso ou morto”. Já um terceiro pediu proteção para “policiais e moradores inocentes”.

Em seu perfil no Instagram, o rapper voltou a se pronunciar, lamentando as mortes.

“Minha alma sangra quando a favela chora, porque a favela tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe o ser humano”, escreveu Oruam nos stories.

Megaoperação policial no Rio

Durante a operação, as forças de segurança apreenderam 75 fuzis e realizaram 81 prisões. Um dos alvos da ação é um traficante que mantinha uma mansão no Complexo do Alemão, com piscina e decoração luxuosa. Em um dos cômodos, os agentes encontraram um quadro de Oruam ao lado de outros artistas da cena musical, símbolo do estilo de vida ostentado pelo investigado.

A ofensiva, batizada de Operação Contenção, tem como objetivo capturar lideranças criminosas do Rio e de outros estados, além de conter a expansão territorial do Comando Vermelho. Participam da ação unidades do Comando de Operações Especiais (COE) e equipes operacionais da PM da capital e da região metropolitana.