O cantor Oruam foi detido pela polícia nesta quinta-feira (20/02) na orla da Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo informações, o rapper entrou na contramão para fugir de uma abordagem policial. Já a assessoria de Oruam informou que o artista foi encaminhado ao 16º Distrito Policial (DP) “após ser parado em uma blitz”.
🚔Veja momento em que Oruam é detido pela polícia no RJ
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— Rede Onda Digital (@redeondadigital) February 20, 2025
No momento da prisão, vários fãs do cantor estavam presentes e começaram a filmar o momento em que Oruam foi colocado na viatura policial. O grupo se aglomerou ao redor do veículo, causando tumulto e atrapalhando o trabalho da polícia, que precisou usar spray de pimenta para dispersar os civis.
Rede social de Oruam se pronuncia
Em seu perfil oficial no Instagram, Oruam postou uma foto de cabeça baixa, fazendo um gesto obsceno. Em outra publicação, a assessoria do cantor escreveu: “Mauro tá bem, tropa. Agradeço a preocupação, mas não fiquem mandando mensagem perguntando o que houve. Vocês estão vendo…”. Até o momento, não há informações sobre o pagamento de fiança ou se Oruam já foi liberado.

Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam, vem se destacando no cenário do rap. Ele também é filho de Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho, que atualmente cumpre pena de 37 anos por assassinato, formação de quadrilha e tráfico de drogas.

As letras do cantor abordam temas como ostentação, sexo, drogas e apologia ao crime, o que frequentemente coloca Oruam no centro de polêmicas. O rapper também tem uma tatuagem em homenagem ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
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“Lei Anti-Oruam”
Recentemente, um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) começou a ser debatido para proibir que prefeituras contratem artistas cujas músicas façam apologia ao crime organizado. A proposta, apelidada de “Lei Anti-Oruam”, foi apresentada pela vereadora Amanda Vetorazzo (União Brasil), em São Paulo, mas rapidamente passou a ser discutida em outras capitais, como Rio de Janeiro e Manaus.
Oruam reagiu à proposta afirmando que suas músicas retrataram a realidade em que vive, incluindo a presença do crime organizado nas periferias do Rio de Janeiro. O debate tem se ampliado no Brasil, levantando discussões sobre o impacto desse tipo de música na juventude e na sociedade como um todo.
(*)Com informações do G1