Uma baiana descobriu, anos depois do casamento, que está legalmente casada com o cunhado, e não com o marido. O erro foi cometido pelo cartório em 2012, na cidade de Biritinga na Bahia e desde então tem causado uma série de transtornos para a família. O caso repercutiu nesta quarta-feira (9/4).
Entenda
Fábia Almeida se casou oficialmente com Acel Menezes e tem, inclusive, a certidão de casamento em mãos. No entanto, em 2021, ao solicitar uma segunda via de documentos, o irmão de Acel, Abel Menezes, descobriu que ele é quem aparece como marido de Fábia nos registros oficiais.
O erro pode ter sido provocado pela semelhança entre os nomes dos irmãos, Acel e Abel que têm sobrenomes parecidos, nasceram no mesmo mês e na mesma cidade.
Desde que o erro foi identificado, Fábia e Acel, que moram em Abrantes, na Região Metropolitana de Salvador, têm feito diversas viagens até Serrinha, a 172 km de distância, para tentar resolver a situação. Abel, que vive em Juazeiro, também tem enfrentado dificuldades pois ele precisa atualizar os documentos para conseguir uma promoção no trabalho.
Além da dor de cabeça burocrática, a situação gerou constrangimentos. Segundo Acel as pessoas tiram brincadeiras dizendo que Fábia é casada com ele e com o irmão.
“Brincam que ela é casada com dois irmãos. A gente releva para não se chatear, mas é constrangedor para quem está vivendo isso”, desabafou Acel.
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Mulher não quer se divorciar de Acel
A mulher não quer se divorciar, apesar de ter recebido essa orientação para que o erro fosse corrigido. Segundo Fábia, o casamento com Acel foi feito com amor e o vínculo é real, mesmo que o cartório tenha registrado de forma errada.
“Eu casei com tanto amor. Quando vejo as fotos daquele dia, me emociono. Agora talvez precise descasar para resolver a situação. Eu não quero isso, não foi um erro meu”, disse Fábia.
O que dizem especialistas ?
Especialistas afirmam que, em casos como esse, é possível corrigir o registro sem necessidade de um divórcio formal. A defensora pública Julia Lordelo explicou que equívocos desse tipo são comuns na digitalização dos registros e podem ser corrigidos por meio de processos administrativos ou judiciais. A informação é do site g1.