Mulher fica cega por tomar caipirinha em bar de SP; polícia investiga mortes por metanol

Foto: Reprodução.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, no domingo (28/9), a designer de interiores Rhadarani Domingos disse que passou mal e está sem enxergar após consumir três caipirinhas de frutas vermelhas com maracujá e vodka em um bar em área nobre da capital paulista.
O caso acontece em meio a diversos registros de intoxicação por metanol ligados a bebidas alcoólicas adulteradas no estado. Segundo os investigadores, nesta segunda (29/9) foi confirmada a terceira morte no estado em decorrência da ingestão de bebida alcoólica contendo metanol.
Rhadarani foi levada para a UTI, convulsionou e chegou a ser intubada no dia 21, segundo a irmã. A bebida foi comprada em bar, no dia 19, onde ela estava para uma festa de aniversário. Ao Fantástico, ela disse que está sem a visão, e que as bebidas fizeram um estrago em seu organismo.

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Entenda o caso: bebida com metanol
Em 15 de setembro, um homem de 54 anos morreu na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ele apresentou sintomas no dia 9 deste mês e foi atendido pela rede privada, mas não resistiu.
Em 18 de setembro, outro homem, de 48 anos, morreu no município, também após ingerir bebida contendo metanol. A vítima, que morava em Itu, foi socorrida para um hospital de São Bernardo do Campo, onde faleceu.
No domingo (28), ocorreu o terceiro caso: um homem de 45 anos morreu em São Bernardo do Campo.
A SMS identificou outros 13 casos suspeitos de intoxicação pela substância, dos quais cinco estão em investigação, cinco receberam alta e três pacientes permanecem internados. A SSP investiga possível surto epidêmico.
Metanol é nocivo e pode causar diversos sintomas. A exposição a quantidades significativas de metanol pode provocar náuseas, vômitos, dor de cabeça, visão turva, cegueira permanente, convulsões, coma, danos permanentes ao sistema nervoso e até morte.
*Com informações de UOL e Metrópoles.
