Morre 11ª vítima de intoxicação por metanol após 52 dias em coma

(Foto: reprodução)
Rafael Anjos Martins, de 28 anos, morreu nesta quinta-feira (23/10) após ficar 52 dias em coma em decorrência de uma intoxicação por metanol. O jovem havia ingerido gin adulterado comprado em uma adega na Cidade Dutra, Zona Sul de São Paulo, e desde 1º de setembro estava internado na UTI de um hospital em Osasco, sob ventilação mecânica e sem atividade cerebral.
De acordo com o laudo médico, o corpo dele apresentava 155 mg/l de metanol, quantidade considerada letal. Médicos explicam que níveis acima de 100 mg/l já podem causar coma profundo, lesões cerebrais graves e até a morte.
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso. Na adega onde Rafael comprou o gin, os agentes apreenderam as garrafas consumidas e outras 14 fechadas, que foram enviadas para perícia.
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Um amigo da vítima, Diogo Marques, contou à reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, que eles compraram as bebidas sem desconfiar de nada. Pouco tempo depois, começaram a passar mal.
O Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo reforçou o alerta para bares e estabelecimentos, pedindo que só comprem bebidas de fornecedores confiáveis. Os principais sintomas de intoxicação por metanol incluem tontura, náuseas, dor abdominal, visão turva, confusão mental e convulsões, especialmente após o consumo de bebidas de origem duvidosa.
O que é metanol
O metanol é um tipo de álcool usado na indústria, presente em solventes e produtos de limpeza, e é extremamente tóxico quando ingerido. No organismo, ele se transforma em substâncias que atacam o fígado, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, falência de órgãos e morte.
*Com informações do G1.






