O soldado da Polícia Militar Luan Felipe Alves Pereira obteve habeas corpus da Justiça nesta quinta-feira (10/4). Ele está preso desde 5 dezembro por tentativa de homicídio, quando arremessou o manobrista Marcelo Amaral do alto de uma ponte em Cidade Ademar, na zona Sul de São Paulo.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, ele permanece preso no Presídio Militar Romão Gomes. “Assim que o habeas corpus aportar na unidade, a decisão judicial será cumprida e o PM colocado em liberdade”, diz a pasta.
O agente, porém, seguirá afastado do trabalho operacional.
Segundo o advogado de defesa, Raul Marcolino, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça paulista acolheu a tese do defensor de que, mesmo se condenado, o policial militar não cumpriria a pena em regime fechado. Marcolino disse:
“Ele resta denunciado pelo crime de tentativa de homicídio. Logo, mesmo numa eventual condenação, ainda que considerando hipótese agravante, somadas as atenuantes, ele não restaria sentenciado em regime fechado”.
Leia mais:
“Não foi do penhasco?”: Senador exalta PM que jogou homem de ponte e depois apaga post
Pai joga filho da ponte e manda áudio para a ex-mulher: “Fiz uma loucurinha”
Relembre o caso: homem jogado de ponte
Em depoimento à Polícia, o manobrista Marcelo Amaral, que trabalha na região dos Jardins e da Avenida Paulista, disse que, na madrugada do dia 2 de dezembro, voltava da casa da namorada de moto quando se deparou com diversos policiais nos arredores da ponte, na Rua Padre Antônio de Gouveia.
Segundo Marcelo, ele se assustou quando alguns deles o abordaram e se jogou da sua moto. Amaral afirmou, então, que um dos PMs o pegou pelo colarinho da camisa sem explicação e o levou até a beirada da ponte. Ele disse que não ofendeu ninguém e foi jogado do local, caindo num riacho. O manobrista diz que caiu de joelhos, por isso não se machucou muito.
Na versão dos PMs, o manobrista teria tentado fugir de uma abordagem policial, o que resultou em perseguição ao motociclista.
Veja o momento da agressão:
O caso aconteceu em meio a uma onda de violência policial em SP, o que causou uma crise na segurança pública do estado.
*Com informações de UOL.