Em despacho publicado hoje, dia 15, no Diário Oficial da União, o Ministério da Justiça determinou a retirada da comédia “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” das plataformas de streaming do país. O filme, lançado em 2017, despertou uma polêmica no fim de semana quando políticos e autoridades começaram a denunciar a produção devido a uma cena com suposta apologia à pedofilia.
O ministro da Justiça Anderson Torres compartilhou trecho do despacho no seu twitter:
O @JusticaGovBR , por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, determinou cautelarmente que as plataformas que possuem o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” em seu portfólio suspendam sua exibição imediatamente. O não cumprimento resulta em multa diária de R$ 50 mil. pic.twitter.com/lfT1QSehz4
— Anderson Torres (@andersongtorres) March 15, 2022
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Foram citadas no despacho as plataformas de streaming Netflix, Globoplay, Telecine, YouTube, Apple e Amazon. Elas têm cinco dias para cumprir a decisão ou poderão ser multadas em até R$ 50 mil por dia de descumprimento. A suspensão do filme tem em vista “a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”.
“Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” foi dirigido por Fabricio Baggi e é baseado no livro homônimo de Danilo Gentili. Gentili e o também comediante e ator Fábio Porchat participam do filme e se tornaram alvos da polêmica. A cena do filme que provocou toda a polêmica é aquela em que o personagem de Porchat sugere um ato sexual por parte dos garotos protagonistas do filme, interpretados pelos atores Bruno Munhoz e Daniel Pimentel.
Gentili se pronunciou no seu twitter alegando que se sente “orgulhoso por ter desagradado a petistas e bolsonaristas” e depois chamou o assunto de “cortina de fumaça”. Já Porchat, em nota publicada hoje, escreveu:
“O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim. Temas super pesados são retratados o tempo todo no áudio visual […] quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado”.