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IML do Rio de Janeiro confirma a identificação de 100 mortos em megaoperação policial

O IML disse que todos os corpos passaram por necropsia, mas os laudos com as causas das mortes levam 15 dias úteis para sair
30/10/25 às 18:40h
IML do Rio de Janeiro confirma a identificação de 100 mortos em megaoperação policial

(Foto: Agência Brasil)

O Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro informou que já identificou 100 das 121 pessoas mortas durante a Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha na última terça-feira (28/10). O IML disse que todos os corpos passaram por necropsia, mas os laudos com as causas das mortes levam 15 dias úteis para sair.

Segundo o IML, 60 corpos já foram liberados para sepultamento. As informações foram repassadas a deputados federais e estaduais que visitaram o local nesta quinta-feira (30/10).

Durante a visita, os parlamentares cobraram a divulgação da lista com os nomes dos mortos. O deputado federal Henrique Vieira afirmou que o IML informou que a responsabilidade por isso é da Secretaria de Polícia Civil. “Se já tem um número de identificados e um número de liberados, por que isso ainda não é público? A única conclusão é que o Secretário de Polícia Civil ainda não autorizou”, disse o deputado.

A deputada Talíria Petrone também criticou a demora em divulgar os nomes, afirmando que a justificativa apresentada é que a operação faz parte de uma investigação, o que impediria a divulgação dos nomes. “Eles já têm uma pré-caracterização de quem são esses mortos, de que há o envolvimento deles em algum crime”, criticou.


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A Polícia Civil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso nem confirmou o número de corpos identificados.

Os deputados também pediram que as famílias possam ver os corpos antes do recolhimento pelas funerárias. A deputada Jandira Feghali relatou que recebeu denúncias de parentes impedidos de reconhecer as vítimas.

“O que mais nos chamou a atenção foi a história de um casal que teve o filho decapitado, cuja cabeça foi encontrada em cima de uma árvore e eles não estavam conseguindo entrar para reconhecer o corpo. Isso é um direito constitucional. O argumento dito é que o problema é de espaço físico e que a perícia é técnica, e que a identificação é por papiloscopia, por DNA ou por radiografia ortodôntica e a família só vai ver quando sair no caixão. Mas nós apelamos porque a dor das famílias é muito grande”, afirmou.

*Com informações da Agência Brasil.