
Hytalo Santos pagava de até R$ 3 mil para os pais dos menores que moravam com ele
O influenciador Hytalo Santos pagava aos pais dos adolescentes uma espécie de “mesada” para permitir que os filhos morassem com ele e participassem dos vídeos publicados nas redes sociais. A informação surgiu por meio de investigação em curso. Segundo relatos, os valores variavam entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.
De acordo com o Fantástico, o Conselho Tutelar afirma nunca ter recebido denúncias formais das famílias. A conselheira Nadyelle Pereira destacou a dificuldade de contato com os responsáveis: “Nunca chegou ao conselho nenhuma denúncia dos próprios pais. Não conseguimos contato com eles, e gostaríamos que a família se manifestasse.”
Natural de Cajazeiras (PB), cidade de 70 mil habitantes, Hytalo começou dando aulas de dança em praças públicas e ganhou popularidade gravando vídeos com adolescentes. O sucesso nas redes sociais levou à mudança para João Pessoa, onde passou a ostentar carros de luxo e imóveis de alto padrão. Ex-funcionários afirmam que ele movimentava grandes quantias em espécie e joias — acusações que a defesa nega.
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No momento da prisão, ele e o companheiro foram encontrados com quatro celulares cada. A polícia suspeita que estivessem se preparando para fugir, mas os advogados afirmam que ambos estavam apenas de passagem por São Paulo. A defesa também rebate as acusações de exploração sexual e tráfico de pessoas, classificando a detenção como “um exagero”.
Já o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho sustentam que há provas robustas de exploração de menores. Segundo os procuradores, adolescentes foram aliciados em diferentes cidades, levados para João Pessoa e submetidos a um regime de trabalho forçado. Após a prisão, os jovens foram encaminhados de volta às famílias.
As plataformas digitais envolvidas afirmam ter regras rígidas contra a sexualização infantil e garantem que conteúdos suspeitos são removidos rapidamente, além de adotarem tecnologias para dificultar o contato de adultos com perfis de crianças e adolescentes. Até o fechamento desta matéria, os pais dos menores não se pronunciaram sobre o caso.
*Com informações do G1
