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Homem com intoxicação por metanol é salvo por tratamento com vodca russa

Comerciante de 55 anos recebeu tratamento com vodca 40% pura; ele ainda não recuperou totalmente a visão
12/10/25 às 14:24h
Homem com intoxicação por metanol é salvo por tratamento com vodca russa

Cláudio Crespi recebeu alta neste domingo, 12
(Foto: Arquivo pessoal).

Cláudio Crespi, de 55 anos, morador de São Paulo, capital, recebeu alta neste domingo (12/10) após passar 16 dias internado por intoxicação por metanol. O tratamento dele incuiu a ajuda de vodca russa.

A sobrinha do comerciante, a advogada Camila Crespi, disse que ele seguirá no tratamento oftalmológico. Ele tem uma consulta marcada para a próxima terça-feira na Santa Casa.

Segundo informações da família, Cláudio fala e anda normalmente, mas ainda não recuperou totalmente a visão: Ele não consegue enxergar cores ou a luminosidade. No hospital, ele fez uso de corticoide para “desinflamar o nervo óptico”.

Cláudio tomou uma dose de vodca no último dia 26 em um bar em Guarulhos. No dia seguinte, ele apresentou os primeiros sintomas de intoxicação por metanol como dor abdominal, confusão mental e falta de ar. O comerciante foi intubado na UPA Vila Maria assim que deu entrada na unidade.

Como o hospital ainda não tinha antídoto para essas situações, um primo médico da advogada pediu, então, para que a família fosse atrás de um destilado na ausência do produto.

A família acabou encontrando em casa uma vodca russa que o casal havia ganhado de uma amiga. A advogada contou à imprensa:

“Entreguei a bebida nas mãos do meu primo médico, que viu que era 40% de álcool [precisava ser no mínimo 30%]. Ele levou para a emergência junto com os outros médicos para administrar na sonda”.


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A vodca russa foi usada durante quatro dias no tratamento de Cláudio. Ele ficou em coma induzido pelo mesmo período. Além disso, o comerciante fez hemodiálise e tomou uma solução para “combater a acidez no sangue”.

As autoridades ressaltam: O uso de etanol deve ser feito por sonda e em ambiente hospitalar. Além disso, uma equipe de profissionais da saúde deve estar a frente desse tipo de tratamento.

O estado de São Paulo registrou 5 mortes de pessoas intoxicadas por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. Ao todo, 25 casos foram confirmados e 160 estão em investigação.

*Com informações de UOL