Enterro de policial do Bope morto em megaoperação no RJ gera comoção; oficiais serão promovidos postumamente

Enterro do sargento da Polícia Militar, Heber Carvalho da Fonseca no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, no Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil).
Na manhã desta quinta (30/10), o corpo do policial Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, foi enterrado em Sulacap, na zona oeste do Rio. Ele e o também 3º sargento Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, morreram durante megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha contra integrantes do Comando Vermelho.
Um cortejo com o corpo do agente saiu do batalhão no caminhão do Corpo de Bombeiros e seguiu por ruas da cidade até chegar a Sulacap. Mais de 100 pessoas, entre amigos, familiares e colegas de farda, estiveram no sepultamento do agente. O enterro teve forte comoção e diversas homenagens.
O helicóptero da Polícia Militar fez voos sobre o cemitério. Também houve honrarias militares com a presença da Marinha do Brasil. Tiros de honra foram disparados pela corporação da Polícia Militar.
O agente estava na corporação desde 2008. Ele deixa esposa, um casal de filhos e um enteado.
Já o corpo de Gonçalves, que estava na corporação desde 2011, foi levado para a cidade de Mendes, no sul fluminense. O enterro ocorreu na tarde desta quinta. Ele deixou esposa e filha.
Na quarta, os outros dois policiais civis mortos na megaoperação foram sepultados. Rodrigo Veloso Cabral, de 34 anos, tinha entrado na corporação há 40 dias. Ele estava lotado na 39ª DP, na Pavuna, e foi enterrado no Cemitério Memorial do Rio, na zona norte.
Já Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, chefiava a 53ª DP, em Mesquita, na Baixada Fluminense. O corpo dele foi sepultado no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador.
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Policiais serão promovidos postumamente
O governador Cláudio Castro também prestou solidariedade aos amigos e familiares dos policiais mortos. De acordo com o chefe do Executivo fluminense, “como forma de reconhecimento e respeito, todos serão promovidos postumamente”.
A megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no RJ, deixou 121 mortos, em número atualizado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, além dos quatro policiais, dois militares e dois civis. A polícia também informou que prendeu 113 suspeitos, apreendeu 118 armas — sendo 91 fuzis, 26 pistolas e um revólver —, 14 artefatos explosivos e uma quantidade ainda em apuração de drogas.
A operação superou o Massacre do Carandiru, episódio que terminou com a morte de 111 detentos no Pavilhão 9 da Casa de Detenção de São Paulo, em 1992, e se tornou a ação mais letal da história do Rio de Janeiro e do país.
*Com informações de UOL e CNN Brasil







