Um casal foi preso em flagrante na manhã desta sexta-feira (16/5) por caçar ilegalmente animais silvestres dentro do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. O homem, de 29 anos, e a mulher, de 26, estavam sendo monitorados pela Polícia Federal há algumas semanas. Segundo as investigações, eles capturavam os animais utilizando alimentos como frutas, doces e biscoitos, com a intenção de vendê-los em feiras clandestinas e por meio de redes sociais.
A prisão ocorreu logo após a dupla capturar uma fêmea de macaco-prego. As forças de segurança acompanharam toda a movimentação e realizaram a abordagem assim que os dois saíram da área de mata. O animal foi encontrado dentro de uma mochila no veículo do casal, dopado e em estado de estresse. Além disso, foram apreendidos materiais usados na caça, como sacos, cordas e uma caixa de medicamentos.
O homem foi autuado por receptação qualificada, caça ilegal em unidade de conservação e maus-tratos a animais. Ele teve o celular e o carro apreendidos, e foi encaminhado ao sistema prisional. A mulher também foi autuada por crime ambiental e será investigada durante o inquérito. Ambos já tinham antecedentes por crimes ambientais.
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De acordo com a administração do parque, a prática de alimentar animais silvestres, além de facilitar ações como a do casal, representa um risco à fauna local.
“Ao oferecer alimentos, o visitante faz com que o animal perca o medo natural do ser humano, tornando-se mais vulnerável a ações criminosas e a doenças”, explicou Viviane Lasmar, chefe do Parque Nacional da Tijuca.
A macaca resgatada está sob cuidados veterinários e passará por exames para avaliar seu estado de saúde. O parque reforça o pedido para que visitantes nunca alimentem animais silvestres, mesmo que a intenção pareça inofensiva.