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Declaração no CQC e Fake News; relembre embates entre Preta Gil e Bolsonaro

Declaração no CQC e Fake News; relembre embates entre Preta Gil e Bolsonaro

A cantora Preta Gil, falecida na noite do último domingo (20/7), protagonizou uma polêmica com Jair Bolsonaro durante um quadro do humorístico CQC, exibido na TV Bandeirantes, em 2011.

Na época, ele era deputado federal e o episódio é lembrado até hoje como o primeiro de muitos responsáveis por popularizar Bolsonaro, até então uma figura mais conhecida no Rio de Janeiro.

Bolsonaro foi personagem do quadro “O povo quer saber” do CQC, onde o convidado deveria responder uma série de perguntas feitas por diversas pessoas, sendo anônimas ou famosas. Um dos questionamentos foi feito por Preta Gil.

“Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?”, perguntou a cantora.

Veja:

A resposta do parlamentar, considerada ofensiva e racista, gerou revolta.

“Eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como, lamentavelmente, é o teu”, disse.

Preta reagiu com indignação nas redes e levou o caso à Justiça. O resultado veio em 2019 quando Bolsonaro foi condenado por danos morais e obrigado a pagar R$ 150 mil ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

Preta sofreu fake news

Além desse episódio, Preta também foi alvo de fake news. Circulou nas redes sociais um boato de que ela teria zombado do ex-presidente por usar uma bolsa de colostomia após o atentado que sofreu em 2018.

A postagem, recheada de teor hostil, alegava que Preta teria chamado Bolsonaro de “saco de bosta” e insinuava que ela estaria “pagando com a mesma moeda” por, mais tarde, precisar usar uma bolsa de ileostomia durante seu tratamento contra o câncer. No entanto, não há qualquer prova de que ela tenha feito tal comentário — a história foi desmentida.

Luta contra o câncer

Diagnosticada com câncer de intestino em 2023, Preta enfrentou a doença com coragem e transparência. Compartilhou seu processo com o público, passou por cirurgias e chegou a entrar em remissão. Contudo, em 2024, anunciou a volta da doença, com novas descobertas em linfonodos e no peritônio.

Ao longo desse período, ela nunca deixou de se posicionar contra o racismo, a homofobia e outras formas de intolerância. Preta também foi uma das poucas figuras públicas a falar abertamente sobre sua bissexualidade e a defender pautas LGBTQIA+, feministas e contra a gordofobia.