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Comércio projeta recorde de vendas na Black Friday de 2025

A Black Friday no Brasil segue o modelo norte-americano, que acontece após o feriado de Ação de Graças
19/11/25 às 18:26h
Comércio projeta recorde de vendas na Black Friday de 2025

(Foto: Shutterstock)

Está chegando a temporada da Black Friday, e o comércio deve movimentar cerca de R$ 5,4 bilhões este ano, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O valor representa um crescimento de 2,4% em relação a 2023, já descontada a inflação. A projeção leva em conta não só a última sexta-feira de novembro, mas todo o mês, que hoje concentra grande parte das promoções no Brasil.

A Black Friday já é a quinta data mais importante para o varejo, atrás de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. Entre os setores que devem ter mais vendas, estão:

  • Hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão
  • Eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão
  • Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão
  • Roupas, calçados e acessórios: R$ 950 milhões
  • Farmácias e cosméticos: R$ 380 milhões
  • Livrarias, papelarias e itens de informática: R$ 360 milhões

A CNC aponta que o bom desempenho esperado tem relação com o dólar mais baixo, inflação perdendo força e melhora nos índices de emprego e renda. O desemprego, por exemplo, caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor nível desde o início da série histórica do IBGE em 2002.

Mesmo assim, alguns fatores ainda seguram um avanço maior das vendas: juros altos, endividamento elevado das famílias e a concorrência de produtos importados comprados diretamente do exterior. Hoje, a taxa média de juros para crédito livre a pessoas físicas está em 58,3% ao ano, segundo o Banco Central — o maior patamar para essa época desde 2017. Além disso, 30,5% das famílias têm contas atrasadas.

Para medir os descontos, a CNC acompanhou diariamente 150 produtos de 30 categorias. Em 70% delas, já havia uma tendência de queda superior a 5%, indicando bom potencial de redução de preços. Os maiores descontos médios aparecem em:

  • Papelaria: 10,14%
  • Livros: 9,02%
  • Joias e bijuterias: 9,01%
  • Perfumaria: 8,20%
  • Itens de utilidades domésticas: 8,18%
  • Higiene pessoal: 8,11%
  • Moda: 7,82%

A Black Friday no Brasil segue o modelo norte-americano, que acontece após o feriado de Ação de Graças. Em 2010, quando começou por aqui, o evento movimentou R$ 1,52 bilhão e era restrito a poucos segmentos.


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Com a popularização, também cresceram os golpes e tentativas de fraude. A Senacon, do Ministério da Justiça, recomenda alguns cuidados:

  • Desconfie de promoções “milagrosas” e acompanhe o histórico de preços
  • Pesquise a reputação da loja
  • Confira prazos de entrega e regras de reembolso
  • Prefira sites com “https” e cadeado na barra de endereço
  • Lembre-se: compras online têm direito a arrependimento em até 7 dias
  • Denúncias podem ser feitas no consumidor.gov.br ou no Procon

Uma pesquisa do Reclame Aqui apontou ainda que 63% dos consumidores não conseguem identificar golpes feitos com inteligência artificial. Especialistas orientam a ficar atento a sinais como vídeos com voz artificial, anúncios com celebridades fora de contexto, mensagens muito formais ou repetitivas, perfis falsos recém-criados e imagens com detalhes distorcidos, falhas comuns de Inteligência Artifícial (IA).

(*)Com informações do Agência Brasil