Comércio projeta recorde de vendas na Black Friday de 2025

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Está chegando a temporada da Black Friday, e o comércio deve movimentar cerca de R$ 5,4 bilhões este ano, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC). O valor representa um crescimento de 2,4% em relação a 2023, já descontada a inflação. A projeção leva em conta não só a última sexta-feira de novembro, mas todo o mês, que hoje concentra grande parte das promoções no Brasil.
A Black Friday já é a quinta data mais importante para o varejo, atrás de Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais. Entre os setores que devem ter mais vendas, estão:
- Hiper e supermercados: R$ 1,32 bilhão
- Eletroeletrônicos e utilidades domésticas: R$ 1,24 bilhão
- Móveis e eletrodomésticos: R$ 1,15 bilhão
- Roupas, calçados e acessórios: R$ 950 milhões
- Farmácias e cosméticos: R$ 380 milhões
- Livrarias, papelarias e itens de informática: R$ 360 milhões
A CNC aponta que o bom desempenho esperado tem relação com o dólar mais baixo, inflação perdendo força e melhora nos índices de emprego e renda. O desemprego, por exemplo, caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor nível desde o início da série histórica do IBGE em 2002.
Mesmo assim, alguns fatores ainda seguram um avanço maior das vendas: juros altos, endividamento elevado das famílias e a concorrência de produtos importados comprados diretamente do exterior. Hoje, a taxa média de juros para crédito livre a pessoas físicas está em 58,3% ao ano, segundo o Banco Central — o maior patamar para essa época desde 2017. Além disso, 30,5% das famílias têm contas atrasadas.
Para medir os descontos, a CNC acompanhou diariamente 150 produtos de 30 categorias. Em 70% delas, já havia uma tendência de queda superior a 5%, indicando bom potencial de redução de preços. Os maiores descontos médios aparecem em:
- Papelaria: 10,14%
- Livros: 9,02%
- Joias e bijuterias: 9,01%
- Perfumaria: 8,20%
- Itens de utilidades domésticas: 8,18%
- Higiene pessoal: 8,11%
- Moda: 7,82%
A Black Friday no Brasil segue o modelo norte-americano, que acontece após o feriado de Ação de Graças. Em 2010, quando começou por aqui, o evento movimentou R$ 1,52 bilhão e era restrito a poucos segmentos.
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Com a popularização, também cresceram os golpes e tentativas de fraude. A Senacon, do Ministério da Justiça, recomenda alguns cuidados:
- Desconfie de promoções “milagrosas” e acompanhe o histórico de preços
- Pesquise a reputação da loja
- Confira prazos de entrega e regras de reembolso
- Prefira sites com “https” e cadeado na barra de endereço
- Lembre-se: compras online têm direito a arrependimento em até 7 dias
- Denúncias podem ser feitas no consumidor.gov.br ou no Procon
Uma pesquisa do Reclame Aqui apontou ainda que 63% dos consumidores não conseguem identificar golpes feitos com inteligência artificial. Especialistas orientam a ficar atento a sinais como vídeos com voz artificial, anúncios com celebridades fora de contexto, mensagens muito formais ou repetitivas, perfis falsos recém-criados e imagens com detalhes distorcidos, falhas comuns de Inteligência Artifícial (IA).
(*)Com informações do Agência Brasil






