Hoje, em café da manhã no Palácio da Alvorada com pastores e líderes evangélicos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a notícia revelada há alguns dias da compra de 35 mil comprimidos de Viagra pelas forças armadas brasileiras. Bolsonaro afirmou:
“Com todo respeito, não é nada. Quantidade… O efetivo das três forças, obviamente… Muito mais usado pelos inativos e pensionistas”.
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Ele também disse que a droga é para ser usada no tratamento de hipertensão arterial pulmonar, e não para disfunção erétil, a finalidade mais comum do Viagra. Embora desde a divulgação da notícia, médicos e especialistas já tenham apontado que a doença é rara e é mais comum em mulheres.
Bolsonaro também criticou a imprensa e comparou o caso com a revelação, em 2020, do gasto de R$ 20 milhões com leite condensado pelo governo federal. O presidente declarou:
“[A imprensa] não procura saber por que comprou aí os seus 50 mil comprimidos de Viagra. Mas faz parte. Como no ano passado apanhamos muito também, eu apanhei, por ter gasto alguns milhões com leite condensado. O leite condensado era para a Presidência da República. Então fizemos as contas e dava ali alguns milhões de latas de leite condensado que eram usadas aqui. Mas isso é todo dia e toda hora. Eles têm um método, um objetivo. E a gente incomoda”.
No mesmo café da manhã, Bolsonaro ainda falou sobre seu filho Jair Renan, investigado por suposto tráfico de influência. Ele disse não saber se o filho “está certo ou errado”. Declarou:
“Tem a vida dele, não sei se está certo ou está errado, peço a Deus que o proteja. O moleque tem 24 anos agora, acho que ninguém conhece ele, vive com a mãe, há muito tempo está longe de mim”.