Uma série de ataques de tambaqui forçou o fechamento temporário do Balneário do Sol, um dos pontos turísticos mais visitados de Bonito (MS). Desde janeiro de 2025, pelo menos 30 banhistas relataram mordidas do peixe, enquanto no ano de 2024, 64 ataques foram registrados.
Entre os casos ocorridos este ano está um em que uma pessoa teve parte do dedo indicador arrancada. Já no ano de 2023, um banhista precisou levar oito pontos no dedo depois de uma mordida violenta.

A decisão de interditar o balneário foi tomada pelas autoridades locais como medida de segurança, visando proteger os visitantes enquanto estratégias de prevenção são definidas. Especialistas acreditam que o comportamento agressivo dos peixes pode estar relacionado ao hábito, comum entre turistas, de alimentá-los — prática que altera o comportamento natural dos animais.
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Em nota, as autoridades reforçaram a importância de não alimentar a fauna silvestre e pediram que os visitantes sigam rigorosamente as orientações fornecidas por guias e sinalizações espalhadas pelo atrativo. A reabertura do balneário dependerá da adoção de medidas que garantam a segurança dos usuários.
O tambaqui (Colossoma macropomum), nativo da bacia amazônica, é um peixe de água doce que pode ultrapassar 1 metro de comprimento e atingir até 45 kg. Apesar de ser amplamente consumido na culinária amazônica, é também parente próximo da piranha e possui mandíbulas fortes, capazes de causar ferimentos.
No Balneário do Sol, os peixes são uma das principais atrações. O local, situado às margens do Rio Formoso, possui uma lagoa com praia artificial de águas rasas — ideal para boiar e observar a vida aquática. Espécies como pacus, dourados, matrinxãs e tambaquis foram introduzidas no ambiente, tornando o balneário um ponto de contato direto entre turistas e a fauna aquática regional.