Advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor no caso Mensalão, é encontrado morto em SP

(Foto: Divulgação/OAB-SP / Estadão)
O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza Pacheco, de 51 anos, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (2/10), em São Paulo. A informação foi confirmada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB-SP), que decretou luto de três dias e lamentou a perda.
Com mais de 30 anos de carreira, Pacheco teve atuação de destaque em casos de grande repercussão nacional, entre eles o do mensalão, em que defendeu o ex-deputado José Genoino (PT-SP). Ele também foi um dos fundadores do Grupo Prerrogativas, formado por juristas ligados à defesa dos direitos fundamentais e à advocacia progressista.
“Ele sempre foi um grande guerreiro do direito de defesa, das prerrogativas do cidadão e dos direitos humanos. Atuou de forma aguerrida como poucos”, afirmou Leonardo Sica, presidente da OAB-SP, em entrevista ao Estadão.
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Pacheco já presidiu a Comissão de Prerrogativas da OAB-SP, além de ocupar cargos no Conselho Federal da OAB e no Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD). Nos últimos anos, trabalhava à frente do próprio escritório, localizado no bairro do Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.
A OAB-SP ressaltou, em nota oficial, a firmeza de Pacheco na defesa das garantias constitucionais. “Sua atuação sempre foi marcada por coragem, especialmente diante de decisões arbitrárias ou autoritárias dos tribunais superiores.”
O desaparecimento do advogado foi notado ainda na noite de quarta-feira (1º), após ele deixar de responder a ligações e mensagens. A entidade acompanha o caso e aguarda mais informações sobre as circunstâncias da morte.
