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Veja lista de aves brasileiras que estão com risco de extinção; Duas estão na Amazônia

La lista estão animais que residem na Mata Atlântica e outros.
31/10/25 às 14:09h
Veja lista de aves brasileiras que estão com risco de extinção; Duas estão na Amazônia

Por Noëlle Piron-Dubois – Rufous-brown Solitaire – grive roux-brun ???, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=90791761

O Brasil é reconhecido mundialmente pela diversidade de aves, distribuídas por ecossistemas que vão da Amazônia e do Cerrado à Mata Atlântica e à Caatinga. No entanto, o mesmo país que abriga tamanha variedade também enfrenta um grave desafio: o avanço das ameaças que colocam muitas dessas espécies em risco de extinção.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lançou a plataforma Salve, que reúne informações sobre a fauna brasileira e seu estado de conservação. Segundo o levantamento, 1.252 espécies estão atualmente ameaçadas de extinção no país.

Entre as aves em situação mais crítica, cinco se destacam, classificadas como vulneráveis, em perigo ou em perigo crítico, conforme critérios do ICMBio.

Papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea)

(Foto: Amazona vinacea)

Encontrado entre a Bahia e o Rio Grande do Sul, na Mata Atlântica, o papagaio-de-peito-roxo é uma das espécies que vêm sofrendo com a redução populacional.

Nos últimos 30 anos, o número de indivíduos maduros caiu cerca de 21%, levando o ICMBio a classificá-lo como vulnerável.

Hoje, estima-se que existam aproximadamente 3.042 indivíduos no Brasil. A ave também é encontrada no Paraguai e na Argentina.

Araçari-de-pescoço-vermelho (Pteroglossus bitorquatus bitorquatus)

(Foto: Reprodução/ND)

Endêmico de uma pequena área entre o Pará e o Maranhão, na Amazônia brasileira, o araçari-de-pescoço-vermelho enfrenta ameaças constantes devido ao desmatamento e à fragmentação florestal.

Com perda estimada de 70% da vegetação original de seu habitat, a espécie apresenta declínio populacional de cerca de 30% e é considerada vulnerável pelo ICMBio.

Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)

(Foto: Estação Biológica de Canudos)

Símbolo da fauna brasileira, a arara-azul-de-lear é reside do nordeste da Bahia e está classificada como em perigo. A população atual é estimada em apenas 244 indivíduos maduros. Entre as principais ameaças estão a perda de habitat, os conflitos com agricultores e o tráfico de animais silvestres.

A espécie é uma das mais visadas pelo comércio ilegal de aves exóticas, com registros de apreensões em países como México, Reino Unido e Portugal.


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Sabiá-castanho (Cichlopsis leucogenys Cabanis)

Encontrado em áreas restritas da Mata Atlântica, nos estados de Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais, o sabiá-castanho está classificado como em perigo.

A expansão agrícola é apontada como a principal causa da destruição de seu habitat natural. De acordo com o ICMBio, a espécie é altamente sensível a alterações ambientais, o que pode torná-la ainda mais vulnerável.

Pica-pau-amarelo (Celeus flavus subflavus)

Em situação crítica, o pica-pau-amarelo é considerado criticamente em perigo. Hoje, ele é raramente encontrado do norte da Amazônia ao Rio Grande do Sul, além do Paraguai e Argentina.

Estima-se que existam entre 100 e 250 indivíduos maduros. A espécie habita florestas úmidas próximas a cursos d’água e sofre com o desmatamento, as queimadas e a substituição da vegetação nativa por pastagens.

*com informações do National Geographic