O Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas deve crescer 2,7% em 2022, acima da média esperada para a região Norte, de 1,7%, e em linha com a expectativa para a economia brasileira, que terminará o ano com avanço de 2,6%. As estimativas fazem parte de estudo especial do Departamento Econômico do Santander sobre economia regional.
Realizado anualmente, o levantamento apresenta projeções do banco por estados e regiões do País para o horizonte de 2020 a 2023. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2019.
Nos cálculos de Gabriel Couto (foto), economista do Santander e autor do estudo, a dinâmica positiva no Amazonas será puxada pelos serviços. O PIB do setor no estado deve ter expansão de 4,3% em 2022, aumento superior à média nacional e à média da região Norte, estimadas em 3,3% e 3,7%, respectivamente.
Após retração de 2,3% em 2020, o PIB amazonense dos serviços cresceu 4,7% no ano passado, estima Couto. “O Amazonas foi um dos destaques da região Norte na retomada pós-pandemia”, observa o economista. “Assim como no restante do País, o deslocamento da demanda de bens para serviços após a reabertura deve ter beneficiado o setor, que tem peso de 58,2% na economia do estado”.
A indústria, que tem participação relevante na economia do Amazonas, teve flutuações consideráveis ao longo de 2021 e do primeiro semestre de 2022, “provavelmente em razão dos problemas de falta de insumos nas cadeias produtivas globais”, diz Couto.
O Santander projeta que o PIB industrial do estado vai avançar 0,5% este ano, depois de expansão de 7% em 2021. A indústria responde por 36,4% do PIB amazonense, percentual acima da média da região Norte (27,6%) e também da média nacional (21,8%).
Já o PIB da agropecuária do Amazonas deve recuar 0,3% em 2022, de acordo com o levantamento do Santander. “Apesar do crescimento do setor, o peso das commodities agrícolas ainda é relativamente menor no PIB da região”, pondera Couto. O PIB agro tem participação de 8,8% na economia da região Norte, e de 5,5% na economia amazonense, aponta o estudo.