A seca extrema no Amazonas alcançou novos números. Nesta sexta-feira (13), o nível do Rio Negro atingiu a cota de 13,91 metros. Essa é a segunda pior seca que se tem registro desde que começou o monitoramento, em 1902. A atual medição perde apenas para a vazante recorde de 2010, quando chegou a 13,63 metros.
Mas caso a descida do nível do rio continue no mesmo ritmo, de 12 a 13 cm por dia, deve bater o recorde nos próximos dias. O nível atual do rio está 0,28 centímetros acima da seca histórica.
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A situação em todo Amazonas é de preocupação devido o Rio Negro estar entre as principais hidrovias da Amazônia para transporte de cargas e passageiros. A empresa de navegação e de logística Aliança paralisou os serviços na capital amazonense e não irá trazer contêineres à Manaus, devido o rio ter atingido um nível crítico de passagem.
Já o porto privado, do grupo Chibatão, divulgou comunicado que devido à vazante nos trechos da Enseada do Madeira e Tabocal, a navegação até Manaus por meio de navios está temporariamente suspensa. Segundo o Presidente da Câmara dos Lojistas de Manaus (CDL), Ralph Assayag, apenas uma empresa opera com navios menores no Amazonas, a Log-In.
O reflexo da seca atingiu diretamente o fornecimento de água no município de Rio Preto da Eva, na Região Metropolitana de Manaus, que iniciou recentemente um racionamento de água entre os horários de 23h às 5h da manhã.
Conforme o relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), além de Manaus, Manacapuru, Humaitá, Itacoatiara e Parintins também devem alcançar o ápice da seca na segunda quinzena de outubro.