O governador Wilson Lima anunciou, nesta quinta-feira (09/05), a emissão de licenças ambientais para dragagens em quatro trechos de rios do Amazonas. A intenção do governo é de minimizar os impactos da estiagem deste ano, cuja previsão é de que seja tão ou mais intensa quanto a de 2023.
Lima disse:
“Estamos entregando as licenças ambientais, através do nosso Ipaam, para que efetivamente já esteja toda essa questão ambiental regularizada para que o trabalho (de dragagem) inicie o mais rápido possível. Já estive junto ao Governo Federal expondo a preocupação que nós temos com relação à estiagem desse ano, que deve ser muito severa”.
O trabalho de dragagem será feito pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com previsão de início imediato a partir da emissão das licenças. Desde o início do ano, Lima tem se reunido com os ministros de Portos e Aeroportos, de Integração e Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente e Mudança do Clima, solicitando apoio na antecipação de ações.
O serviço de dragagem consiste na retirada de sedimentos (como areias e outros materiais) do fundo dos rios para facilitar a navegação de embarcações e evitar que encalhem.
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Entre os trechos que receberam as licenças ambientais, emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão: Manaus-Itacoatiara (rio Madeira); Codajás-Coari e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença (rio Amazonas) e Benjamin Constant – Tabatinga (rio Solimões).
O governador ressaltou o reforço em novas estruturas para abastecimento de água tratada no interior. Atualmente, o estado conta com 500 sistemas instalados em todo o Amazonas. Nesta quarta (08/05), 12 projetos para reforço dessas estruturas foram aprovados no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções. Segundo a Defesa Civil Estadual, pelo menos 20 novas estruturas móveis devem ser usadas no período da seca.
Os níveis dos rios em todas as calhas do Amazonas estão abaixo do esperado para o período, se comparado a anos anteriores. A cota do rio Negro, nesta quinta-feira, por exemplo, chegou à marca de 25,67 metros. Em anos anteriores as cotas nesse mesmo dia eram de 27,44 metros (2023); 29,10 metros (2022) e 29,43 metros (2021).
Entre as ações consideradas urgentes que o Governo do AM está articulando junto à Defesa Civil e aos municípios, além da dragagem dos rios, estão a manutenção de portos e aeroportos; controle de qualidade do ar; soluções para acesso à água potável; e medidas que evitem o desabastecimento de combustíveis, comércios e comunicações.