O Ministério Público do Amazonas (MPAM) disse esstar atento aos prejuízos ocasionados pelas queimadas e pela escassez de chuvas. A diversidade de vida na região está sofrendo graves consequências em decorrência desses acontecimentos, o que sublinha a necessidade de medidas eficazes, segundo o órgão.
Segundo o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, no âmbito das responsabilidades do MPAM, foram iniciadas ações com o objetivo de combater as queimadas e atenuar os impactos da seca. Além de supervisionar as entidades fiscalizadoras, o órgão está promovendo a proposição de ações judiciais tanto penais quanto civis públicas contra os indivíduos responsáveis por delitos ambientais.
“Estamos acompanhando a atuação do Governo Estadual frente ao enfrentamento das queimadas e da seca através de ações de fiscalização e logística. A operação Tamoiotatá, implementada no Sul do Estado, tem como objetivo combater o desmatamento. Além disso, foram decretadas situações de emergência estadual e anunciado auxílio federal aos municípios afetados pela seca”, explicou o PGJ.
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O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Especializadas na Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e da Ordem Urbanística (CAO-MAPH-URB), órgão auxiliar responsável pela integração das atividades e distribuição dos processos e procedimentos aos Promotores de Justiça que operam na mesma área, destacou a imprescindibilidade em fortalecer as agências de fiscalização e rever as penalidades aplicadas aos crimes ambientais relacionados ao desmatamento.
Várias cidades do Amazonas, em especial Manaus, sofreram nas últimas semanas em razão da fumaça causada pelas queimadas. O MPAM vem monitorando a qualidade do ar, com o projeto em parceria com a UEA, por meio da plataforma SELVA (www.appselva.com.br), cujos sensores de monitoramento foram adquiridos, em sua maioria, por meio de transações penais realizadas pelo Parquet.
Atualmente, o MPAM, por meio do CAO-MAPHURB, realiza o cruzamento das bases de dados existentes, inclusive dados do monitoramento da qualidade do ar, com alertas de desmatamentos oriundos das plataformas Brasil M.A.I.S. e MapBiomas, os quais são distribuídos às Promotorias de Justiça de todo o Estado para fins de investigação e responsabilização dos infratores.
“O MPAM está acompanhando a atuação dos órgãos públicos envolvidos na prevenção e combate às queimadas. As queimadas e a seca deste ano reforçam a necessidade de ação preventiva para evitar situações semelhantes no futuro. É fundamental fortalecer a estrutura das agências de combate aos crimes ambientais, investir em serviços de inteligência e revisar as penalidades aplicadas, além de criar novas Unidades de Conservação em áreas desprotegidas”, declarou a Coordenadora do CAO-MAP-URB, Procuradora de Justiça, Maria José da Silva Nazaré.
O chefe do Órgão Ministerial ressaltou que o monitoramento envolve também todo o Ministério Público brasileiro, incluindo a Comissão de Meio Ambiente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
“No último encontro do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), ocorrido na terça-feira, 10/10, o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, participou com o objetivo de expor as medidas adotadas pelo Governo; “Temos feito contato com os demais órgãos e instituições, inclusive PF. Não obstante, todo o acompanhamento feito pela nossa Coordenadora e pelos colegas que atuam na capital e no interior, já determinei a criação de um Grupo de Trabalho (GT), sob a presidência da Procuradora de Justiça, Maria José, com Membros da capital e, principalmente, do interior do estado, um integrante do GAECO e a Coordenadora da Área da Saúde, Procuradora de Justiça, Delisa Vieiralves”, explicou.
*Com informações da assessoria