Nesta quinta-feira (18/04), a cantora do Boi Caprichoso, Mara Lima, fez uma denúncia de agressão física. Nas redes sociais ela relatou que uma pessoa a agrediu por ela estar vestida com a camisa de Boi Bumbá. Mara não informou quem era a pessoa.
De acordo com a cantora, o indivíduo afirmou que “o boi é do demônio. O boi é do inimigo”.
“Vocês sabem que a maioria das vezes eu venho aqui é para dar noticias boas, compartilhar coisas legais com vocês. E o que eu tenho pra dizer hoje não deixa de ser legal, pela vitória que eu tive. Porque Deus me ama muito, mais uma vez eu pude comprovar e quero partilhar com todos. É triste e inadmissível que me pleno 2024 a gente ainda viva certas situações”, começou Mara.
Mara ainda falou que sofreu escoriações com uma chave de carro.
“Eu fui pega de surpresa. Eu peguei um soco no nariz e essas escoriações aqui foram com uma chave de carro, quase furou meu olho, faltou poucos centímetros. Isso aqui a pessoa tentou morder e mordeu meus seios. Foi tudo muito rápido.”
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A cantora disse que tentou se defender e que a polícia chegou a tempo e algemou a pessoa.
“Eu tentei me defender sim porque eu não ia apanhar de graça. Ainda mais sem saber o porque de está apanhando.”
“Fui xingada, ofendida na minha dignidade perante várias pessoas nas ruas”, detalhou Mara.
“Graças a Deus, a polícia chegou a tempo, conseguiu deter a pessoa, que inclusive foi algemada para a delegacia porque também tentou agredir os policias”
Boi Caprichoso se manifesta
Após o episódio ocorrido com a levantadora de toada, Mara Lima, o Boi Caprichoso se manifestou na noite desta quinta-feira (18/4). Na conta oficial no Instagram, o Boi Bumbá destacou, “Minha cultura não é demoníaca: toda solidariedade a Mara Lima!”
“O Boi Caprichoso se solidariza com a cantora Mara Lima, vítima de intolerância religiosa transformada em agressão física, em mais um retrato dos riscos do fanatismo aliado à violência. Mara foi agredida apenas por andar com uma camisa de boi-bumbá, tendo sua vida e o próprio bumbá associados ao demônio. A intolerância mata. Somos cultura e resistência. Respeitamos toda e qualquer forma de manifestação religiosa e a liberdade de exercê-la, lembrando sempre a laicidade do Estado: o respeito precisa ser bandeira de todos e todas. O que deve ser repreendida é toda e qualquer forma de violência, especialmente contra nossas mulheres! Força, Mara!”
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