Dois homens foram indiciados pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal, com agravantes por motivação de gênero, após agredirem três mulheres na saída de um show do cantor Natanzinho, realizado em frente ao Studio 5, em Manaus. Apesar do avanço nas investigações e da formalização do inquérito policial, os suspeitos seguem em liberdade, o que tem gerado indignação por parte das vítimas e seus representantes legais.
De acordo com a assessoria jurídica de Dayane Guedes, Vivian Malveira e Carolline Rodrigues — vítimas da agressão — o inquérito conduzido pelo 7º Distrito Integrado de Polícia (DIP) já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Os suspeitos foram identificados como Leandro Macedo dos Santos e Manuel Cesar da Silva Campos Neto.
A defesa das vítimas afirma que, mesmo após o pedido de prisão preventiva feito pela autoridade policial e ratificado pela assistência jurídica das mulheres, a Justiça ainda não se manifestou sobre o caso. Segundo os advogados, o principal agressor continua ativo nas redes sociais e frequentando espaços públicos, como academias, o que tem gerado insegurança nas vítimas.
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O caso ganhou repercussão nas redes sociais e em veículos de comunicação em todo o país. A situação mais grave teria sido vivida por Vivian Malveira, que, segundo os relatos, sofreu diversos chutes na cabeça e socos no rosto, resultando em lesões físicas e sequelas emocionais.
A assessoria jurídica das vítimas alega que o pedido de prisão conta com justificativa legal, sustentada pela existência de provas materiais e autoria confirmada, além de supostos antecedentes negativos dos investigados. Ainda assim, até o momento da publicação desta matéria, não houve posicionamento do Poder Judiciário quanto ao pedido de encarceramento.
As vítimas declararam sentir-se injustiçadas diante da demora na decisão judicial e afirmam que buscam apenas que os acusados respondam judicialmente pelos atos praticados.
O processo segue em trâmite na Justiça. A REDE ONDA DIGITAL procurou o Ministério Público e o Poder Judiciário para saber o andamento do caso, mas ainda não obtivemos retorno.