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EXCLUSIVO: “A Cleusimar tomava uma quantidade menor da droga, e induzia os outros”, diz Hatus, ex-treinador físico de Djidja

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Hatus Silveira, que foi treinador físico da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, falecida na semana passada, esteve na tarde desta terça (4/6) no programa Lomittas Tá On, da Rede Onda Digital, acompanhado do seu advogado. Ele, que prestou depoimento neste mesmo dia à polícia a respeito da investigação em torno da seita envolvida com o uso da droga ketamina, falou sobre o uso das drogas pela família Cardoso.

Hatus falou que conheceu a família em 2020, quando começou a trabalhar no treinamento físico de Djidja. Mas ele se afastou deles, após desentendimento com Bruno, que passou a ser o treinador e coach da ex-sinhazinha.

Em janeiro deste ano, ele teria voltado a encontrar a família, a pedido de Ademar, irmão de Djidja. Hatus teria sido convidado a fazer uma avaliação da então esposa de Ademar, Audrey. Hatus disse:

“Fui até o local onde eles moravam, perto de um novo salão da família, perto do Latu Senso. Inclusive, quando vi a Audrey, peguei um susto. Eles estavam muito magros, e a Audrey parecia uma morta. 39, 40 kg.

Ela estava usando fralda. Quando me aproximei, chegaram a Cleusimar, a Djidja e a Verônica de celular na mão, dizendo ‘Conta aí, Audrey, por que você não tá comendo?’, ‘Por que você quer se matar?'”.


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Com o tempo, Hatus percebeu que as pessoas estavam usando a ketamina. Ele continuou em contato online com Ademar por alguns dias.

Ele reafirmou que recebeu uma injeção de ketamina de surpresa, aplicada pela própria Djidja. Hatus disse:

“Entrei na casa, vi que a Audrey estava melhor. Então senti a agulha de insulina, pequena, encostando em mim. Não sei qual a quantidade que me aplicaram. Já fui usuário de proteína, então tenho uma resistência. Não fiquei em transe, apenas um pouco tonto. Foi a Djidja que aplicou em mim”.

Ele comentou sobre a situação em que encontrou várias pessoas que viviam junto à família.

“Pelo que eu percebi, a Cleu [Cleusimar] tomava uma quantidade menor, e induzia os outros a tomar quantidades maiores, pra manter o controle. Ela induzia os outros a usarem. Tanto que me injetaram contra a minha vontade. Eles defendiam o uso, estavam muito viciados. Eles queriam que eu revitalizasse eles, mas não havia como. Aí fui embora. Eles acharam que eram de aço. Falei pra me procurarem, depois de pararem de usar a droga. Me afastei, e não falei mais com eles”.

Hatus confirmou que havia coação dos funcionários do salão de beleza de propriedade da família, para que usassem a ketamina.

“Todos ali eram culpados. Mas quem ofertava as drogas, era a Cléo” (referindo-se a Cleusimar, a mãe de Djidja).

Assista a entrevista completa clicando aqui.

Em nota postada em seu Instagram na tarde desta terça, a Apefam (Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora) afirmou que Hatus Silveira não possui formação em Educação Física e, logo, não possui registro junto ao Conselho Federal de Educação Física (Confef). A nota diz:

“Informamos que o Sr. Hatus Silveira não possui formação em Educação Física, requisito indispensável para o exercício da profissão de personal trainer. Para confirmar a veracidade dessa informação, basta acessar o site do Conselho Federal de Educação Física (Confef) e realizar uma pesquisa pelo nome ‘Hatus Silveira’. O nome dele não será encontrado no registro, comprovando que ele não é qualificado para atuar como personal trainer e, portanto, não pode exercer a profissão sem a devida formação acadêmica”.

Veja a nota na íntegra abaixo:

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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