Com previsão de investimento total de R$250 milhões, os Estados da Amazônia Legal lançaram um Plano de Cooperação Regional para Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas. O anúncio foi feito neste sábado (2/12), durante a COP 28, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O plano integrado foi elaborado por meio da Câmara Técnica de Meio Ambiente do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal (CAL). O objetivo é ordenar a atuação ambiental entre os Estados, em especial na defesa das divisas. É o que destaca o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
“O projeto vai ser tocado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e, para o financiamento, a gente apresentou o projeto ao Fundo Verde do Clima (Green Climate Fund). A gente está aguardando essa resposta, mas o projeto está elegível, do ponto de vista dos requisitos e, caso aprovado em 2024, a gente começa a implementação dessas infraestruturas e desse trabalho em conjunto”, ressaltou.
Segundo Taveira, a proposta é que o projeto resulte em maior eficiência e menor custo das operações, com relação a uma atuação autônoma de cada Estado. A iniciativa deve se somar a outros mecanismos em implementação pelo Governo do Amazonas para ampliar as ações de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais em 2024.
“Nós já temos um projeto que está sendo submetido ao Fundo Amazônia, junto ao Corpo de Bombeiros, para captar R$ 45 milhões para a estruturação de brigadas e aquisições especializadas no combate a queimadas ilegais. Essa união entre os Estado será de extrema relevância para que a gente consiga manter as reduções que tivemos neste ano, de mais de 60% do desmatamento e 8% das queimadas”, afirmou.
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Participação em painéis
Também neste sábado (02/12), o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), participou do painel “Agregando valor aos produtos da floresta: soluções tecnológicas e arranjos pré-competitivos para as bioeconomias da Amazônia”, realizado pelo CAL, e do painel “Florestas e Bioeconomia: Conservação e restauração dos biomas brasileiros como instrumento da agenda climática”, promovido pela Associação Brasileira de Entidades do Meio Ambiente (Abema).
As pautas principais dos encontros foram financiamento climático, esforços para apoiar a bioeconomia e os desafios para a manutenção da floresta em pé e redução das emissões.
“Participamos como debatedores nessas mesas, já apresentando as perspectivas do nosso Programa Amazonas 2030, que será apresentado aqui na COP 28 neste domingo (03/12)”, completou o secretário da Sema.
*Com informações da assessoria