Energia solar leva dignidade e desenvolvimento a comunidades ribeirinhas no Amazonas

O Programa Luz Para Todos, do Ministério de Minas e Energia em parceria com a Amazonas Energia, tem mudado a realidade de comunidades isoladas no interior do Amazonas com a chegada da energia solar. No Lago do Piranha, cerca de 400 pessoas (equivalente a 78 famílias) já são beneficiadas. Na comunidade indígena Três Unidos, do povo Kambeba, no Rio Cuieiras, a tecnologia beneficia 42 lares, alcançando aproximadamente 150 moradores.

Os números mostram a dimensão do avanço no estado: foram 78 atendimentos em 2021, 4.380 entre 2022 e 2024, e a meta é chegar a mais 7.258 até 2026 — somando 11.716 famílias com acesso à energia elétrica.

Nas regiões de difícil acesso, especialmente durante a cheia dos rios, a luz elétrica representa mais do que conforto: significa dignidade, segurança alimentar e novas oportunidades. O Lago do Piranha foi a primeira comunidade a receber placas solares em 2021 e hoje serve de exemplo do impacto da energia limpa e renovável.

Durante visita às localidades, o diretor nacional do programa, André Luiz Dias, ressaltou o efeito transformador da iniciativa:

“O Programa está avançando no Estado do Amazonas, mas ainda temos muito a conquistar. Em Três Unidos, vimos escola, artesanato e famílias incrementando a renda graças à energia elétrica. É um progresso real que muda vidas”.

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Entre os moradores, as mudanças são visíveis. Ingrid, mãe de duas meninas no Lago do Piranha, descreveu a transformação:

“Antes, só podíamos comer alimentos salgados, agora temos freezer e podemos conservar a comida. Também comecei a vender meus produtos, como dindin e picolé, o que trouxe renda para minha família. Além disso, chegou à internet. Antes precisávamos ir até Manacapuru e gastar mais, hoje já temos acesso em casa”.

Segundo Marcelo Fadoul, gerente da Amazonas Energia, o projeto trouxe emprego, renda e novas perspectivas. Já a técnica Telma Silva destacou a satisfação em ver os resultados e o avanço de novos projetos no estado.

Para o tuxaua Valdemir, liderança da comunidade Três Unidos, a chegada da energia foi um marco histórico:

“Saímos da lamparina em 2021, quando chegaram os pontos de energia na comunidade. Foi um grande momento. Agora podemos jantar com luz elétrica, estudar à noite e conservar a pesca em freezers. Tudo mudou para melhor, com mais qualidade de vida. Com a energia, conseguimos preparar nossos jovens para o futuro”.

A expansão da energia solar no Amazonas não representa apenas luz, mas também desenvolvimento social, cultural e econômico para comunidades que, até pouco tempo atrás, viviam à margem desse direito básico.

*Com informações da Assessoria.