Os estados do Amazonas e Mato Grosso do Sul bateram recordes em emissões de gases do efeito estufa causados por incêndios. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23/04) pelo Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus (Cams), da União Europeia.
Segundo os dados, as queimadas nesses dois estados têm resultado nos maiores volumes de emissão desde que o Cams começou a monitorar esse tipo de fenômeno, há 22 anos.
As emissões de carbono na atmosfera pelo Brasil pelos incêndios, segundo o observatório europeu, acumulam, neste ano, um volume de 183 milhões de toneladas, dos quais um terço (65 milhões de toneladas) foram apenas no mês de setembro. Com isso, as emissões seguem um caminho similar ao recorde registrado em 2007.
As emissões por incêndios, no Amazonas atingiram 28 milhões de toneladas e no Mato Grosso do Sul, 15 milhões de toneladas, neste ano.
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Ainda conforme os dados divulgados, as emissões das queimadas na Bolívia, em 2024, já acumulam o maior volume dos últimos 22 anos: 76 milhões de toneladas.
Em nota, o Cams informa que as emissões têm estado consistentemente acima da média (até mesmo quebrando recordes nacionais e regionais), principalmente devido a graves incêndios nas regiões do Pantanal e da Amazônia, impactando severamente a qualidade do ar em toda a região.
“A ocorrência destes incêndios florestais pode ser considerada fora do comum, mesmo considerando que julho-setembro é o período em que normalmente ocorrem incêndios florestais na região. As temperaturas extremamente altas que a América do Sul tem experimentado nos últimos meses, a seca prolongada indicada pela baixa umidade do solo e outros fatores climatológicos provavelmente contribuíram para o grande aumento da escala das emissões de incêndios, fumaça e impactos na qualidade do ar”, prossegue a nota.
*Com informações da Agência Brasil