Gerson Mourão, diretor-presidente da Fundação Cecon (Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas), foi entrevistado hoje, 13, do programa Fiscaliza Geral. Ele falou aos jornalistas Alex Braga e Ananda Chamma sobre os desafios e iniciativas da fundação para o tratamento de saúde da população amazonense.
Mourão disse:
“Às vezes as pessoas já chegam na nossa fundação sem chance de serem salvas. Elas descobrem um tumor, ficam perdidas dentro do sistema, e aí nós atuamos. Antes uma mulher descobria um nódulo na mama e levava 14 meses para conseguir atendimento. Aí o tumor já chegava grande à nossa fundação. Conseguimos, junto com a Prefeitura, uma grande vitória, que foi reduzir esse tempo para 4 meses. Hoje a pessoa consegue chegar a nós a tempo e evita a morte ou a perda da mama.
Agora temos o projeto de criar um centro fora da Fundação Cecon para justamente acelerar ainda mais esse processo, para que a pessoa faça sua biópsia e chegue cedo a nós. E, antecipando para vocês, estávamos discutindo com o deputado Silas Câmara e o deputado Dan Câmara um projeto histórico para as populações do interior. O estudo piloto deverá ser em Tefé, porque ele fica no centro e congrega várias regiões. Com ele se concretizando, atingiremos nosso objetivo, que é o de fazer com que as pessoas cheguem cedo para fazer seus tratamentos de câncer”.
Mourão também falou sobre os tipos de câncer com maior incidência no estado:
“Para a mulher, o câncer de colo ainda é mais frequente, infelizmente. Não dá para aceitar essa condição, porque são mulheres que morrem antes dos 40 anos: a cada 2 dias morre uma mulher no Amazonas por câncer de colo de útero. Para isso temos outro projeto: em até 90 dias, será criado um centro de cirurgias preventivas no Cecon. Poderemos fazer cirurgias de conização, que pode cortar o que ainda não é câncer, mas pode vir a ser, e assim salvar centenas de vidas. Considerando que temos em torno de 610 casos de câncer de colo do útero, e esse número é subestimado, dá para se imaginar o impacto disso”.
Ele também falou sobre o orçamento da instituição e ajuda de políticos através de emendas e verbas:
“85% da verba da fundação está relacionada à base do que precisamos, e 15% é do Ministério da Saúde. Nós chamamos os políticos para conhecer a fundação. Nomes como o deputado Péricles, que mandou quase R$ 5 milhões para a fundação, Sinésio Campos, Wilker Barreto, Serafim Correia, Roberto Cidade. O Bosco Saraiva, Eduardo Braga também direcionaram emendas. Plínio Valério também foi parceiro nosso”.
Veja trecho da entrevista de Gerson Mourão abaixo:
A entrevista completa do diretor-presidente da Fcecon pode ser assistida aqui.
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