Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência: inclusão, respeito e avanços no AM

(Foto: Reprodução/internet)
Neste domingo (21/9), é celebrado o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, data que reforça a importância da inclusão, do respeito e da conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência. No Amazonas, a data ganha ainda mais relevância com a criação da Secretaria da Pessoa com Deficiência (PCD-AM), voltada a articular políticas públicas e garantir acessibilidade em todo o estado.
Para a psicóloga Tatiana Vieira, mãe de uma criança autista, datas como essas são fundamentais para mobilizar a sociedade e reduzir preconceitos.
“Essas datas são importantes porque atraem a atenção da sociedade para as necessidades, direitos e potencialidades das pessoas com deficiência. Elas funcionam como um espaço de reflexão coletiva e sensibilização, contribuindo para a redução de preconceitos e o fortalecimento da inclusão”, afirma.
Tatiana destaca que os desafios do dia a dia vão muito além da deficiência em si.
“Muitas vezes, não é a deficiência em si que limita, mas sim a falta de recursos adequados, de adaptações e de compreensão por parte da sociedade”, explica.
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Cordões da inclusão

Entre os símbolos da luta estão os cordões de identificação, como o cordão de girassol, usado por pessoas com deficiência não visível, e o cordão azul, ligado ao espectro autista. Segundo Tatiana, esses instrumentos facilitam a inclusão e a segurança das pessoas.
“Esses instrumentos podem contribuir muito, oferecendo uma forma prática de identificar necessidades específicas, principalmente em situações em que a deficiência não é visível. Além disso, favorecem a compreensão de determinados comportamentos sem julgamentos nos diversos espaços sociais, contribuindo para o acolhimento, a segurança, o respeito e a efetivação dos direitos das pessoas com deficiência”, relata.
Além de promover segurança, conscientização e respeito, a psicóloga ressalta os impactos positivos no bem-estar psicológico e social.
“O impacto é significativo. A conscientização e o respeito favorecem a autoestima, o senso de pertencimento e a qualidade de vida das pessoas com deficiência. Socialmente, contribuem para a construção de uma cultura de empatia, equidade e valorização da diversidade”, explica Tatiana.
Para transformar a conscientização em ações concretas, a criação de políticas públicas e iniciativas locais é essencial.
“Políticas públicas e iniciativas locais são fundamentais para transformar a conscientização em ações concretas. Elas garantem o cumprimento dos direitos, promovem a acessibilidade em diversas áreas e fortalecem a participação social das pessoas com deficiência. No caso do Amazonas, a existência de uma secretaria específica pode ampliar a visibilidade das demandas e propor soluções mais adequadas à realidade do estado”, conclui.
Na última quarta-feira (17/9), a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou um projeto de lei que obriga o SUS a distribuir o cordão de girassol, símbolo internacional para identificar pessoas com deficiência oculta. A iniciativa visa ampliar a conscientização, facilitar o acesso a direitos e promover respeito e empatia, garantindo que as limitações invisíveis sejam reconhecidas sem constrangimento. O projeto segue agora para análise do Plenário.
