A descida do Rio Negro, que já ultrapassou o recorde histórico da seca de 2010, está provocando o ressurgimento de figuras impressionantes no sítio arqueológico de Lajes, às margens do rio, próximo à região do Encontro das Águas. Gravuras em forma de rostos humanos, esculpidas nas paredes rochosas do sítio, podem ser observadas.
A última vez que essas gravuras foram vistas foi na seca de 2010. Veja fotos abaixo:
Leia mais:
Seca no AM: Rio Negro baixa mais 11 cm em mais um dia de recorde
Seca: Pesquisadores vão isolar trechos do Lago Tefé para evitar mortes de botos
O sítio de Lajes pode ser visitado no bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona Leste da capital. Segundo especialistas, essas gravuras, chamadas petróglifos, têm entre 1.000 e 2.000 anos de idade.
O sítio das Lajes foi o primeiro de Manaus a ser registrado no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e é considerado um dos mais degradados pela depredação de visitantes. Ele abrange uma área que inclui encostas de terra preta, fragmentos cerâmicos e urnas funerárias, além das gravuras.
Na seca de 2010, essas gravuras rupestres só ficaram visíveis por um dia, antes de serem recobertas pelas águas.
Os arqueólogos ainda não sabem explicar como as figuras foram feitas ou se o rio, há cerca de mil anos, tinha um nível mais baixo que o atual.