O prefeito de Manaus, David Almeida, se manifestou a respeito da greve dos rodoviários que, nesta quarta-feira (16/04), teve seu segundo dia. De acordo com o chefe do executivo, é preciso o reajuste da tarifa para que o aumento salarial, solicitado pelos trabalhadores, seja atendido.
David Almeida destacou que o Ministério Público do Amazonas (MPAM) não questiona o aumento da tarifa e sim a metodologia do subsídio dos rodoviários, que é o valor repassado pela prefeitura por cada passagem.
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“Só pode ser dado o aumento para os rodoviários se tiver o aumento da passagem”, diz prefeito David Almeida pic.twitter.com/ZSKvPVjawv
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“É uma questão que está ocasionando esta greve porque só pode ser dado o aumento para os rodoviários se tiver o aumento da passagem. Todas as capitais aumentaram. O Ministério Público não está questionando o aumento da passagem. Lá na petição, eles estão questionando a metodologia do subsídio. Então, essa metodologia precisa ser discutida no outro momento, no outro período. Eu acredito que nos próximos dias a gente vá chegar em um entendimento para que a gente possa fazer o aumento da passagem, dá o aumento dos trabalhadores rodoviários e termos de volta a normalidade no trasporte coletivo“, disse David Almeida.
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Saída dos cobradores
Ainda de acordo com o prefeito, a demissão em massa de cobradores de ônibus é um “problema social”. Mais de 1,2 mil funcionários deixariam os cargos em diversas linhas do transporte público. Para isso, ele busca um entendimento com o Sinetram.
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Prefeito destaca “problema social” sobre demissão em massa de cobradores de ônibus em Manaus pic.twitter.com/baZPWsh6Om
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“A proposta do Sinetram era a retirada imediata de todos os cobradores. A prefeitura entende que isso vai ser um problema social, vai desempregar 1,2 mil a 1,4 mil pessoas”, disse ele.
Rodoviários reinvidicam aumento salarial
Nesta terça-feira (15/4), o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, destacou que a paralisação continuaria nesta quarta e só encerraria se houve negociação.
“Na verdade foi só um aquecimento, não houve greve ainda, vai haver greve a partir de amanhã, porque nesse exato momento, nem o Sinetram, nem a prefeitura deram nenhum sinal para os trabalhadores. Nós reivindicamos 12% de reajuste no salário, na cesta básica nos salários, reivindicamos também R$ 1.200 de gratificação para os motoristas que fazem a dupla função e a permanência dos cobradores. Essa é a nossa atual reivindicação”, explicou o presidente.
“Foi só aquecimento”, adianta presidente do Sindicato dos Rodoviários sobre paralisação de ônibus em Manaus pic.twitter.com/8e3lHjQiMD
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O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou também, por meio de nota, que participou de uma reunião entre 15h e 16h20 desta terça-feira na sede do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), com a presença de representantes da prefeitura e do Sindicato dos Rodoviários. O encontro discutiu temas como a retirada progressiva da função de cobrador, alinhada ao processo de modernização da bilhetagem eletrônica, compromisso firmado entre o município e o Ministério Público do Amazonas (MPAM).