O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, de 74 anos, entrou na lista de papáveis — ou seja, os cardeais cotados para assumir o posto máximo da Igreja Católica — após a morte do papa Francisco, ocorrida no último dia 21 de abril. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta sexta-feira (02/04). O nome de Steiner ganha força entre os eleitores do Conclave, processo secreto que reúne os cardeais do Colégio Cardinalício para eleger o novo pontífice.
Dom Leonardo Steiner foi o primeiro cardeal da Amazônia, nomeado pelo papa Francisco em maio de 2022 e empossado em agosto do mesmo ano. Natural de Forquilhinha, em Santa Catarina, o arcebispo destacou, na época de sua nomeação, que a escolha representava um gesto simbólico de valorização da região amazônica.
“É uma alegria ter um cardeal na Amazônia, que não ficou esquecida pelo papa”, declarou.

O cardeal também ressaltou a atenção de Francisco às áreas mais pobres e à missão da Igreja nas periferias.
“O papa está olhando para as periferias, para onde a igreja pode ser muito viva, onde pode ir construindo sua história, como a Igreja da Amazônia tem construído sua história. Eu me alegro de poder participar agora mais intensamente da construção dessa igreja, que deseja ser cada vez mais missionária, presente e uma igreja cada vez mais viva”, afirmou.
Leonardo Steiner ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1976 e foi ordenado sacerdote em 1978. Ele estudou Filosofia e Teologia em Petrópolis (RJ), é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena (SP) e doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Nomeado bispo por João Paulo II em 2005, Steiner também foi bispo auxiliar de Brasília por indicação de Bento XVI e atuou como secretário-geral da CNBB por dois mandatos. Desde sua nomeação como cardeal, integra o Colégio Cardinalício, que será responsável por escolher o novo papa.
Outro brasileiro é cotado
Outro nome brasileiro citado como possível sucessor de Francisco é o cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador, nomeado em 2020. Nascido em Dobrada (SP), é mestre em Teologia Moral e já lecionou na Pontifícia Universidade Católica de Campinas.