Durante reunião realizada em Brasília no dia 9 de março, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram ao governador Wilson Lima (PSC) que deverão reeditar o decreto que prevê a redução do Imposto sobre Produto Industrializados (IPI). A nova versão da medida deve preservar as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) da redução de 25% do imposto, o que garante a a competitividade do modelo frente a outros estados.
Mais de uma semana depois, o decreto ainda não foi assinado, e funcionários de empresas do PIM sinalizam paralisação, que deve começar às 4h da próxima segunda-feira (28), para cobrar a manutenção dos postos de trabalho. A mobilização foi divulgada hoje (21) pelo vereador Sassá (PT).
Em discurso na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o parlamentar apresentou abaixo-assinado com 10 mil rubricas em apoio à greve.
“O decreto do ministro Paulo Guedes vai prejudicar quase 500 mil empregos da Zona Franca de Manaus, do comércio, da construção civil, turismo e transporte público”, observou.
Leia mais:
Sassá levou o pedido, enviado pelos funcionários das indústrias, para que os vereadores se posicionem a favor da paralisação.
“Vocês que têm eleitores no Distrito Industrial e na construção civil, das igrejas católicas e evangélicas. Uma jovem de 24 anos que trabalha na linha de frente da Samsung, chamada Taís Dias dos Santos, disse que vai parar junto com quatrocentas trabalhadoras”.
O vereador afirmou ainda que vai doar todo o salário para custear gastos com a estrutura da paralisação, como carros de som.
Daniel Amorim, da redação