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Jovem que matou mãe por herança foi preso após ser reconhecido pelas tias no TikTok

Jovem que matou mãe por herança foi preso após ser reconhecido pelas tias no TikTok

Ingrid Galvão
Por Ingrid Galvão | 11/07/24 às 21:40h

Bruno Eustáquio Vieira, que estava foragido, acusado de matar a própria mãe, Márcia Lanzane, por interesse na herança em 21 de dezembro de 2020, foi preso na última segunda-feira (8/7), após as tias (irmãs de Márcia), reconhecerem ele pelo TikTok.

Minervina Lanzane de Quadra e Mariusa de Quadra, informaram que sempre estiveram atrás de pistas sobre o sobrinho. Em entrevista ao g1, elas disseram que receberam denúncias anônimas.

“Tive informações de que a ex-namorada que ele arrumou em Curitiba [cidade para onde foi] após fugir de Guarujá tinha se mudado pra Belo Horizonte. E aí surgiu a dúvida se ela não poderia estar acobertando”, afirmou Mariusa, dizendo que passou a pesquisar pistas nas redes sociais dela.

Durante as buscas, as irmãs se depararam com um perfil no TikTok de nove gatos e um cachorro.

“Apareceu um vídeo desse perfil que havia uma mão fazendo carinho no gato e uma voz com efeito. Porém, o jeito de falar me chamou a atenção e comecei a assistir todos os vídeos”, relembrou Mariusa, que logo reconheceu Bruno nas imagens.

 “Sem dúvidas nenhuma, não tinha como não reconhecer que era a mão dele, que era a voz dele distorcida”.

As irmãs decidiram ir atrás do sobrinho em Belo Horizonte. As duas chegaram a ir pessoalmente às lojas que seguiam o perfil dos gatos de Bruno no TikTok. A página, inclusive, foi desativado da plataforma.

Segundo as mulheres, Bruno vendia coisas para pets, então tinha vinculado ao perfil alguns petshops.


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Nos comércios locais, as irmãs apresentavam a foto de Bruno e perguntavam sobre ele, que era conhecido pelas pessoas como Felipe. Após muita pesquisa e conversa com comerciantes, descobriram o local em que o sobrinho estava morando com a namorada.

Com uma cópia do mandado de prisão dele, Minervina e Mariusa acionaram a polícia para prendê-lo. Ele foi preso na última segunda-feira (8/7), e tentou resistir a ordem de parada dos agentes da Polícia Militar.

Ele precisou ser imobilizado e teve leves escoriações, com isso, foi encaminhado ao Hospital Municipal Odilon Behrens.

No dia do crime, câmeras do circuito interno de segurança do imóvel, registraram luta corporal entre a mãe e o filho. Depois de matar Márcia, Bruno sentou no sofá da casa e assistiu televisão. Na manhã seguinte, ele saiu de casa e retornou, momento em que acionou a polícia dizendo ter encontrado a mãe morta.

O caso foi investigado pela Delegacia Sede de Guarujá. O inquérito policial foi concluído em 31 de maio de 2021 e encaminhado à Justiça. A prisão temporária de Bruno foi determinada pouco depois.

“Essa luta não foi só nossa, foi de todos que seguiram a página [de buscas por Bruno], que fizeram denúncias mesmo não sendo ele”, disse Mariusa.