Matheus Moreira Cardoso, de 19 anos, se entregou à Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (24). Ele é apontado como responsável por atirar na cabeça de um jovem na região sul e depois prometer “terminar o que começou”. A vítima ficou cega do olho.
Segundo a polícia, Matheus é membro de uma facção criminosa e era considerado foragido da Justiça. Nesta terça-feira (25) a polícia divulgou um cartaz de procurado as informações dele.
“Ontem mesmo o advogado dele nos procurou adiantando que ele se entregaria. Agora ele será ouvido e encaminhado para unidade penal, onde permanecerá à disposição da justiça”, explicou o delegado Eduardo Menezes.
A tentativa de homicídio aconteceu em abril do ano passado e está sendo investigada pela 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP Palmas). Na terça-feira, o suspeito tinha fugido de um cerco policial que tentava prendê-lo no Jardim Taquari.
Após ser ouvido, o suspeito será mandado para a Unidade Penal de Palmas até passar por audiência de custódia.
Atirou na cabeça de vítima
A tentativa de homicídio aconteceu no dia 13 de abril de 2022, no Jardim Taquari, na região sul de Palmas. A vítima de 20 anos estava chegando em casa, quando o criminoso se aproximou por trás e apontou uma arma de fogo para sua cabeça.
Conforme a polícia, a vítima se virou e usou um caderno escolar para bater no suspeito. “Sem hesitar, o autor aperta o gatilho e dispara um tiro contra a cabeça da vítima que, mesmo ferida, encontrou forças para pedir ajuda ao pai, no interior da residência”, disse o delegado.
A vítima foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (Upa Sul) e transferida para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde ficou internada por 15 dias e chegou a ficar em coma.
O disparo tirou a visão do olho esquerdo do jovem e a bala ainda está alojada, causando fortes dores.
A investigação também apontou que uma semana antes do crime o suspeito tinha tentado roubar roupas e acessórios da vítima. Depois, o criminoso encontrou com um irmão do jovem baleado e fez ameaças.
“Na ocasião, o investigado, em clara manifestação de consumar o intento, bradou as seguintes palavras: ‘Vou terminar o que eu comecei!’ Diante da ameaça, a vítima procurou a DHPP, contando que foi obrigado a recolher-se em uma espécie de cárcere doméstico, causado pelo medo de ser novamente atacado”, afirmou o delegado.