O Natal é uma época de confraternização, troca de presentes e, claro, grandes refeições. No entanto, para pessoas com diabetes e hipertensão, essa celebração pode trazer preocupações, principalmente em relação à alimentação.

Muitos pratos típicos da ceia natalina, como bacalhau, farofas, frituras e sobremesas ricas em açúcar, representam riscos à saúde desses pacientes. Porém, é possível adaptá-la para que todos possam desfrutar das festividades.

Substituições saudáveis para a ceia

A primeira dica é substituir alimentos com alto teor de gordura saturada e sal por opções mais leves e nutritivas. Para os diabéticos, a chave é evitar picos de glicose. Para os hipertensos, controlar o consumo de sódio.

Trocar arroz branco por arroz integral ou quinoa

O arroz branco é uma fonte de carboidratos de alto índice glicêmico, o que pode aumentar rapidamente os níveis de açúcar no sangue. Optar pelo integral ou quinoa é uma excelente escolha, pois eles possuem fibras, ajudando a controlar os níveis de glicose, além de oferecerem mais nutrientes.

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Escolha de proteínas: peito de frango ou peixe no lugar de carnes gordurosas

Carnes como pernil e churrasco, comuns nas ceias, são ricas em gordura saturada e podem elevar o colesterol. O peixe, especialmente as opções ricas em ômega-3, como o salmão, e o peito de frango sem pele são escolhas mais saudáveis para diabéticos e hipertensos, pois são fontes de proteína magra e têm menos gordura.

Farofa de aveia ou quinoa no lugar da farofa tradicional

A farofa tradicional é, geralmente, rica em gordura e sódio. Optar por farofas feitas com aveia ou quinoa e temperadas com ervas frescas pode ser uma alternativa mais saudável, ajudando a manter os níveis de glicose e pressão arterial sob controle.

Substituindo sobremesas tradicionais por opções com baixo índice glicêmico

Doces típicos de Natal, como rabanada, pudins e tortas, costumam ser carregados de açúcar refinado. Uma alternativa saudável é fazer sobremesas à base de frutas frescas, como mousses de frutas com adoçantes naturais (stevia ou xilitol). Outra opção é preparar uma salada de frutas com um toque de canela, que é saborosa e nutritiva.

Evite o uso excessivo de sal: ervas frescas são uma ótima alternativa

Para os hipertensos, o consumo de sódio deve ser cuidadosamente monitorado. Usar ervas frescas e temperos naturais, como alho, cebola, orégano, tomilho e manjericão, no lugar de industrializados e caldos de carne prontos pode transformar a refeição sem comprometer o sabor.

De acordo com Manuela Marinho, responsável técnica por Clínica-Escola de Nutrição, a chave para uma ceia de Natal saudável é o planejamento.

“O objetivo é que os pacientes com diabetes e hipertensão não precisem se privar das comemorações, mas possam adaptar o cardápio para se alimentar sem receios. A troca de ingredientes e o uso de temperos naturais são essenciais, assim como a escolha de opções com baixo teor de gordura e sal”, explica.

Ela também ressalta a importância de manter o controle das porções. “Evitar exageros é fundamental. Esse controle ajuda a equilibrar a quantidade de carboidratos e gorduras consumidos, o que pode prevenir aumentos indesejados de glicose ou pressão arterial”, orienta Manuela.

Outras dicas práticas para uma ceia segura

Moderação no consumo de bebidas alcoólicas: vinhos e espumantes, por exemplo, devem ser consumidas com cautela. O álcool pode alterar os níveis de glicose no sangue e interagir com medicamentos para hipertensão.
Atenção às opções de acompanhamento: inclua vegetais e saladas frescas na ceia, pois são fontes ricas de fibras, vitaminas e minerais. Além disso, ajudam a saciar e controlar a glicose.
Cuidado com os petiscos: muitos petiscos são fritos ou possuem alto teor de sódio. Optar por castanhas (em porções controladas) e vegetais crus com molhos leves é uma alternativa mais saudável.

Com pequenas adaptações, é possível manter a tradição da ceia e garantir um prato delicioso e seguro para quem precisa controlar a glicose e a pressão arterial. Para Manuela Marinho, o principal é entender que o Natal pode, sim, ser comemorado com saúde. “É possível celebrar de forma equilibrada, fazendo escolhas conscientes e priorizando o bem-estar de todos”, conclui.

*Com informações da assessoria

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